Em junho deste ano, o Fluminense foi um dos clubes a homenagear a causa LGBTQIA+ no uniforme. As camisas com números em arco-íris foram utilizadas pelos jogadores na partida contra o Corinthians, na sétima rodada do Brasileiro. Em entrevista ao ge, Nino falou sobre usar o número 24 e a braçadeira de capitão nas cores do movimento.- O clube já faria a ação, e eles queriam que o capitão jogasse com a camisa 24. Eles vieram meio receosos falar comigo, o argumento deles era que eu era cristão e não sabiam se eu iria gostar. Eu aceitei de primeira. A causa é muito nobre, são pessoas que sofrem muito, e o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+. O Fluminense fez uma causa muito bonita com isso, leiloou as camisas doando para as instituições que ajudam essas pessoas - afirmou.
Cristão, o zagueiro afirma que não vê contradição entre a ação e sua fé. Segundo o jogador, o respeito ao próximo é um dos pilares da sua religião e por isso aceitou de bom grado o pedido do clube.
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- No momento eu só falei o "sim" para o pedido do clube, mas se eu pudesse responder, responderia que com certeza jogaria com a camisa 24. Eu vi muitas pessoas vindo falar comigo, questionando o fato de eu ser cristão, como se fosse uma contradição. Mas Jesus ensinou o amor, pregou o respeito entre as pessoas. E eu acho que temos que levantar sempre toda bandeira que grita pelo amor, pelo respeito. Não acho que o amor seja o melhor caminho, acho que é o único caminho. Então era a única resposta que eu tinha para dar. Após o jogo, os uniformes foram leiloados e a verba foi destinada à uma ONG que acolhe pessoas LGBTQIA+. Nino não só aprovou a iniciativa, mas está ansioso para a próxima.
- Foi um orgulho muito grande. Se tiver de novo ano que vem, vou representar de novo, jogar com a camisa 24, porque realmente são pessoas que sofrem muito, e a gente precisa abrir nossos olhos para isso - disse.
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