Sem sustos, e até com boa dose de tranquilidade, o Flamengo venceu o Vasco por 2 a 0, no Maracanã, na noite desta quinta-feira (04), em partida válida pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Gabigol e Bruno Henrique marcaram os gols da vitória, que levou o Rubro-Negro a 64 pontos, apenas dois de distância para o líder Internacional, que ficou só no empate com o Athletico-PR. Como as duas equipes ainda se enfrentam nesta reta final de competição, o Fla só depende de si para conquistar o título.
O Flamengo volta a campo no próximo domingo (07), quando vai enfrentar o Bragantino, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, às 20h30. Já o Vasco encara o Fortaleza na próxima quarta-feira (10), no Castelão.
O jogo esteve roteirizado para um monólogo do Flamengo na etapa inicial. Com os mesmo jogadores de linha dos últimos jogos, o time de Ceni alugou o campo de ataque, encontrou espaços com o setor ofensivo móvel e sufocou as saídas de bola do Vasco, que não encontrou nem sequer uma válvula de escape para incomodar Hugo Souza - aliás, não finalizou na meta, e o talentoso Gabriel Pec, por exemplo, passou despercebido, tanto que saiu cedo.
Apesar da imposição em relação à volume de jogo, o Flamengo não criou tantas chances claras no primeiro tempo. A mais cristalina foi uma em que Gabigol, após Arrascaeta recuperar uma bola na frente, ficou frente a frente com Fernando Miguel e finalizou fraco, parando no goleiro, autor de uma defesa importante também em arremate de Gerson, o melhor em campo, de fora.
Gabigol foi de "8 a 80" ainda antes de ir para o vestiário. Bruno Henrique sofreu um pênalti (confirmado apenas com o VAR) em um lance que vai gerar debates pós-jogo, já que Léo Matos - que já tinha amarelo - empurrou o atacante embaixo do travessão. Gabigol chamou a responsabilidade para si e guardou, findando a primeira parte marcada pelo atropelo dos mandantes.
Para a etapa final, o Flamengo, mesmo em vantagem, voltou intenso para marcar. Mas o Vasco pôs a faca nos dentes e, com três alterações desde o reinício, adiantou a marcação e foi gradualmente trocando mais passes... e respirando. Até os dez minutos, exemplificando, Hugo trabalhou, e Cano perdeu um gol dentro da área, com a bola indo para a fora e tendo um destino atípico do que está acostumada quando sai dos pés do argentino.
Se o primeiro tempo foi um monólogo do Flamengo, o segundo teve equilíbrio, com boas chances do Vasco, mais elétrico, competitivo e talhado para chegar à área. Mas o último ato do Clássico dos Milhões teve um protagonista do lado rubro-negro: o "Rei dos Clássicos".
Em um momento que o Vasco se atirava pelo empate, através da bola parada, Everton Ribeiro cobrou um escanteio na cabeça de Bruno Henrique, que subiu bonito e marcou o segundo do Fla, carimbando a vitória, o seu 100º tento na carreira e o 7º em seis confrontos diante do Vasco. Um reinado admirável.
No geral, o jogo foi pegado e bastante falado (dentro de fora de campo), por vezes até picotado em demasia. O clima de tensão, sobretudo pelo quê de decisão, foi aparente. Para exemplificar: Vitinho (do banco) chegou a mandar dirigentes cruz-maltinos ficarem quietos, enquanto Luxemburgo cobrou a arbitragem ao longo de todo o clássico, findando com um placar fiel à superioridade rubro-negra.
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