A CBF iniciou nesta terça-feira (07) o repasse de R$ 19 milhões, a fundo perdido, para socorrer equipes e federações durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. A entidade promete contribuir com 68 times da Série D e mais outros 20 da Série C do Campeonato Brasileiro, além de ajudar mais 52 clubes de futebol feminino e as 27 federações estaduais a superarem as perdas com a paralisação dos torneios.
Em comunicado, a CBF esclarece que a ajuda às 140 equipes servirá para contribuir com o pagamento dos salários. "O nosso objetivo, com essas novas medidas, é fornecer um auxílio direto imediato. Mas, além disso, temos que seguir trabalhando para assegurar a retomada do futebol brasileiro no menor prazo possível, quando as atividades puderem ser normalizadas", afirmou o presidente da CBF, Rogério Caboclo.
Para definir o valor destinado a cada uma dessas equipes, a CBF explica ter feito um levantamento em seu sistema de registro de contratos. Os clubes dessas diferentes divisões vão receber em média o valor equivalente ao dobro da folha salarial média dos atletas para a respectiva divisão nacional de que participam.
No futebol masculino, os times da Série D vão ganhar cada um R$ 120 mil e os da Série C, R$ 200 mil. No feminino, os integrantes da elite embolsarão cada um R$ 120 mil, enquanto os da segunda divisão terão direito a R$ 50 mil cada. Para as federações estaduais, o repasse será de R$ 120 mil. Ao todo, essa medida vai destinar R$ 19,12 milhões para clubes e federações. Com isso, Vitória e Real Noroeste, na Série D do Brasileiro, e VIla Nova na Segunda Divisão do Brasileirão Feminino são os times capixabas contemplados.
A CBF recentemente também tomou outras medidas para diminuir o impacto da pandemia no futebol nacional. Entre elas estão a isenção por tempo indeterminado aos clubes das taxas de registro e transferência de atletas, o adiantamento da parcela de R$ 600 mil para os clubes da Série B referentes aos direitos de TV e mais R$ 900 mil aos árbitros do quadro nacional para compensar a falta de partidas.
A CBF afirma que desde a suspensão das competições nacionais tem buscado dialogar com as federações estaduais para resolver quatro problemas principais durante a crise: preservação de contratos existentes de televisão e patrocínios, diálogo para acordos trabalhistas com clubes e jogadores, como as férias coletivas, negociação com o governo federal sobre medidas para preservação de empregos e conversas com o mercado financeiro para a criação de linhas de crédito para as equipes de futebol.
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