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Hamilton usa capacete de F1 com bandeira LGBTQIA+ após criticas ao Qatar

Hamilton usa capacete de F1 com bandeira LGBTQIA+ após criticas ao Qatar

É mais uma manifestação de enfrentamento ao país do Oriente Médio, que proíbe demonstrações públicas de afeto da comunidade. O Qatar sediará o próximo GP, às 11h do domingo (21)

Publicado em 19 de novembro de 2021 às 18:28

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O piloto Lewis Hamilton apareceu com um capacete com as cores da bandeira LGBTQIA+
O piloto Lewis Hamilton apareceu com um capacete com as cores da bandeira LGBTQIA+. (Reprodução Twitter @F1)

Após pedir investigações sobre as denúncias de violação de direitos humanos no Qatar, o piloto britânico Lewis Hamilton apareceu com um capacete com as cores da bandeira LGBTQIA+ e a frase "We Stand Together" ("Nós seguimos juntos") no treino desta sexta (19).

É mais uma manifestação de enfrentamento ao país do Oriente Médio, que proíbe, por exemplo, demonstrações públicas de afeto da comunidade LGBTQIA+.

O Qatar sediará o próximo GP de F1, às 11h do domingo (21), e Hamilton briga pelo título mundial contra o finlandês Max Verstappen.

O país também será a casa da Copa do Mundo de 2022. Desde que as obras para o evento começaram, a organização e o governo qatari têm sido denunciados por maus-tratos e trabalho escravo, o que teria provocado até mortes de alguns trabalhadores.

"Nós estamos cientes de que existem problemas nesses lugares [Qatar e Arábia Saudita] para onde vamos. Mas é claro que [o Qatar] parece ser considerado um dos piores nesta parte do mundo", afirmou Hamilton, em entrevista.

"Quando esportistas vão para esses locais, eles têm o dever de colocar em foco esses problemas. Esses lugares precisam de escrutínio. Direitos iguais são uma questão séria."

Conforme a Folha publicou nesta sexta (19), a quase um ano do início da Copa, o governo local e a Fifa têm tentado mostrar uma mudança na imagem de exploração dos trabalhadores.

A Arábia Saudita, sob monarquia do rei Salman bin Abdulaziz Al Saud, convive com denúncias de perseguição aos opositores do regime. Entre elas, a morte do jornalista Jamal Khashoggi, crítico do governo, assassinado e esquartejado dentro da embaixada do país em Istambul em 2018.

Na briga pelo seu oitavo título de F1, Hamilton pede que demais personalidades do esporte também se manifestem. "Precisamos dar visibilidade para essas situações. Uma pessoa pode fazer diferença, mas o coletivo tem um impacto maior. Eu gostaria que mais atletas falassem dessas questões", diz o piloto da Mercedes.

Assim como o presidente da Fifa, Gianni Infantino, o chefe da F1, o italiano Stefano Domenicali, evitou polemizar em entrevista à BBC. Para ele, o simples fato de a modalidade seguir para esses países ajudará em mudanças.

"Uma mudança tão grande não pode acontecer da noite para o dia, leva tempo", diz o executivo.

A largada do GP do Qatar, o antepenúltimo desta temporada, será neste domingo, às 11h. O holandês Max Verstappen, da Red Bull, lidera o campeonato com 332,5 pontos. Hamilton, com 318,5, tentará alcança-lo.

Também nesta sexta, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) informou que os comissários do GP de São Paulo, disputado no último domingo (14), decidiram não conceder para a Mercedes o direito de revisão do incidente entre Max Verstappen e Lewis Hamilton.

Na ocasião, o holandês empurrou o rival para fora da pista ao se defender de uma ultrapassagem na volta 48 e ambos saíram do traçado do circuito. Apesar de a própria F1 divulgar um vídeo no qual é possível ver o piloto da Red Bull frear tardiamente e movimentar pouco o volante, não contornando a curva de forma correta, a entidade entendeu que as evidências não são contundentes para justificar o direito de revisão.

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