Os organizadores da Olimpíada de Tóquio começaram a anunciar nesta quarta-feira (3) informações mais concretas a respeito de protocolos sanitários que deverão ser adotados durante os Jogos. Até o momento eles estão mantidos para julho e agosto deste ano, mesmo em meio à pandemia de Covid-19.
Foi divulgado o primeiro de uma série de manuais, voltado para as federações internacionais, detalhando medidas de prevenção ao coronavírus. Recomendações a atletas e imprensa serão publicadas nos próximos dias, e atualizações são esperadas até junho. A presença de público no evento ainda é uma incógnita.
Algumas orientações são mais gerais e conhecidas, relacionadas a higiene, obrigatoriedade do uso de máscaras e distanciamento social.
Além da necessidade de um exame com resultado negativo antes de embarcar, algumas pessoas poderão ser testadas novamente ao chegar ao país-sede, dependendo de sua origem.
Há medidas recomendadas para até 14 dias antes da data de entrada no Japão, e a programação para os primeiros 14 dias no país deve ser detalhada pelo viajante.
Uma orientação curiosa, que já havia sido ventilada e agora ganhou status oficial, é a de incentivar os atletas com palmas, sem cantar ou gritar. O guia também afirma que o transporte público japonês não poderá ser utilizado sem autorização.
O manual reforça o que já vem sendo dito pelos organizadores sobre vacinação: não será obrigatória para participar do evento, mas seus participantes são incentivados a se vacinarem nos países em que isso for possível.
A cerimônia de abertura dos Jogos, adiados de 2020 para 2021, está marcada para 23 de julho. Por mais que haja dúvidas sobre a possibilidade de cumprir o cronograma diante da pandemia, tanto o comitê organizador quando o COI (Comitê Olímpico Internacional) têm sido enfáticos em dizer que o evento acontecerá conforme programado.
O Japão foi atingido de maneira menos severa pela pandemia do que muitos outros países, com menos de 6.000 mortes registradas até agora. Mas um recente aumento de casos forçou o país a fechar suas fronteiras para estrangeiros não residentes e declarar estado de emergência em algumas partes do país.
Nesta terça (2), o estado de emergência foi renovado até 7 de março.
Há temores públicos de que um fluxo de participantes dos Jogos espalhe o vírus, e as pesquisas de opinião mostram que a maioria dos residentes japoneses se opõe à realização do evento neste ano.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta