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Pelé esnobou Beatles, parou guerra e quebrou dedo de Sylvester Stallone

Pelé esnobou Beatles, parou guerra e quebrou dedo de Sylvester Stallone

Maior jogador de todos os tempos, Pelé morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, deixando uma história com marcas impressionantes no esporte

Publicado em 29 de dezembro de 2022 às 16:51

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Maior jogador de todos os tempos, Pelé morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, deixando uma história com marcas impressionantes no esporte. Fora das quatro linhas, o rei do futebol também reúne histórias curiosas e outras dignas de um filme de ficção.

O que dizer do homem que esnobou os Beatles, fugiu disfarçado de um país em meio a uma tentativa de golpe de estado, e chegou a quebrar o dedo do astro de Hollywood Sylvester Stallone com um chute a gol durante uma gravação?

Pelé, Rei do Futebol
Pelé, Rei do Futebol. (Divulgação)

Há histórias intrigantes também. Uma delas diz respeito ao seu armário, trancado desde 1974 na Vila Belmiro, sede do Santos. Mesmo com seguidas reformas por lá, o armário do jogador permanece intacto e nem mesmo a diretoria do clube sabe o que ele deixou guardado no local. O mistério permanece.

Confira abaixo algumas histórias curiosas envolvendo Pelé.

SONÂMBULO

O rei do futebol teve sonambulismo em diversos momentos da sua vida, inclusive quando esteve na seleção brasileira. Na infância, ele costumava falar muito durante o sono. Levantava-se da cama e saía andando, ainda que estivesse dormindo. Muitas vezes precisou ser acordado aos berros pelos pais, Dondinho e Celeste. Em sua biografia, Pelé contou que uma vez que Pepe, seu companheiro de time, o viu se levantar no meio da noite, gritar "gol" e voltar para a cama.

TENTATIVA DE GOLPE 

Uma das pessoas mais conhecidas do mundo, Pelé conseguiu passar despercebido e fugir de uma tentativa de golpe de estado na Nigéria, em 1976. Para retirar o craque com segurança do país, era indispensável o anonimato e, por isso, a embaixada brasileira montou uma operação secreta que envolveu as empresas Cotia Trading e a Varig.

O rei cruzou a capital, Lagos, escondido no carro do embaixador Geraldo Heráclito de Lima, enganou a polícia e a alfândega e embarcou clandestinamente, vestido com roupas de piloto em meio à tripulação de um Boeing 707 da Varig, a serviço da Cotia Trading. Ele desembarcou no Rio de Janeiro sete horas depois, ileso.

POR FALAR EM NIGÉRIA...

O rei do futebol parou uma guerra na Nigéria quando jogou com o time do Santos no país, em 1969. Ele e o time viajaram ao país a convite do governo para uma zona de conflito para jogar uma partida amistosa contra a seleção do centro-oeste do país africano.

O Santos ganhou de 2x1 e os nigerianos interromperam a guerra para lotar o estádio e acompanhar de perto Pelé. Em setembro deste ano, o clube lançou o uniforme três com referências ao episódio com as frases "Juntos pela Paz, juntos pelo futebol alegre", "Nigéria 1969" e "O Dia que a Guerra Parou"

ESNOBOU OS BEATLES

Pelé conheceu John Lennon em Nova York em 1975, quando se mudou para a cidade, onde jogou no New York Cosmos. Ele fazia aulas de inglês na mesma escola de idiomas em que o cantor aprendia japonês e, em um intervalo das aulas, o craque esbarrou em Lennon, que contou que ele e os outros Beatles tentaram visitá-lo no hotel da seleção brasileira na Copa do Mundo (1966), disputada na Inglaterra.

Tietes da seleção e, principalmente, do camisa 10 do time, John, Paul, George e Ringo, no auge da fama e em um ano especialmente importante para a banda, foram barrados pelos diretores da Confederação Brasileira de Futebol. O rei do futebol lamentou, mas disse que não poderia ter feito nada à época.

SUSTO NO CARIBE

Pelé costumava ser carregado nos ombros pelos torcedores, mas a experiência que teve em 1972 em Trinidade e Tobago foi diferente. Um pouco assustadora. Os jogadores do Santos, que não estavam nada felizes em jogar em um país com distúrbios civis e tanques nas ruas, tinham combinado de terminar o jogo e ir o mais rápido possível para o aeroporto.

A delegação do clube, no entanto, não contava com a reação da torcida ao gol de Pelé no final do jogo. Eles invadiram o campo do estádio Port of Spain, colocaram o jogador nos ombros (sem que ele fosse consultado) e saíram em um desfile comemorativo marchando pelas ruas da cidade. Com Pelé nos ombros, como se fosse um troféu. Ele foi resgatado depois e o único contratempo foi um pequeno atraso no voo.

QUEBROU O DEDO DE SYLVESTER STALLONE

O craque atuou em filmes brasileiros de Renato Aragão e com estrelas de Hollywood. Durante a gravação do longa "Fuga pela Vitória" (1982), ele deu um chute tão forte na bola que quebrou o dedo de Sylvester Stallone, que atuava como um goleiro pouco talentoso.

O filme conta a história de um jogo fictício entre um time nazista e uma equipe de prisioneiros durante a Segunda Guerra Mundial. Stallone contou em entrevistas que a bola de futebol parecia de canhão de tão dura e pesada. "Eu só consegui reverenciar", disse o ator.

ARMÁRIO TRANCADO NA VILA BELMIRO

Um armário trancado na Vila Belmiro, sede do Santos, é um dos mistérios que envolvem a carreira de Pelé. Quando ele se despediu do time em 1974, se ajoelhou em frente a ele e pediu aos deuses do futebol que, mesmo com sua ausência, o clube continuasse a vencer.

O rei deixou um pertence no armário, que até hoje ninguém sabe o que é, trancou e levou a chave. A sede já passou por inúmeras reformas, mas o armário trancado de Pelé permanece intacto. O Santos já informou que nunca irá mexer nele ou revelar seu conteúdo e incluiu uma visita ao guarda-roupa no passeio guiado para fãs e torcedores do clube.

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Pelé já falou que não há nada impactante guardado por lá. O mistério permanece.

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