A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou cinco torcedores do Grêmio por crime de injúria, calúnia e difamação contra dirigentes do clube gaúcho. Houve quebra de sigilo telemático para rastrear os usuários nas redes sociais e conclusão do procedimento policial. Um dos envolvidos fez retratação e os outros deverão assinar termo circunstanciado.
As mensagens de difamação e calúnia foram contra Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio, Carlos Amodeo, CEO do clube, e Paulo Luz, vice-presidente gremista, integrante do Conselho de Administração e que atuou recentemente como vice de futebol.
Depois da denúncia inicial, a polícia conseguiu ordem judicial para quebra de sigilo telemático ou seja, com auxílio de uma série de tecnologias da informação, pôde rastrear os dados dos usuários nas redes sociais. Com essas informações obtidas, os torcedores foram intimados.
As postagens foram realizadas em 2021. Um dos indiciados publicou texto lembrando transferências recentes de jogadores do Grêmio para o exterior. "Cadê o dinheiro das vendas? Estão embolsando", digitou.
"Todo crime por meio informático deixa rastros, especialmente em logs de acesso, por exemplo. Quanto mais dados a gente obtiver, vamos chegar sempre ao responsável. Neste caso, ofensas aos dirigentes do Grêmio", disse André Anicet, delegado da DRCI (Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos).
Por se tratar de crime com menor potencial ofensivo, os indiciados responderão na Justiça, mas sem aplicação de pena. A partir da queixa-crime do advogado das vítimas, os réus assinaram termo circunstanciado. Exceção feita aquele que fez retratação por escrito.
"As críticas, em geral, são bem-vindas e poderão ser construtivas, mas atos criminosos, como ameaças, mensagens agressivas e ataques à honra contra dirigentes, colaboradores e jogadores não são e nem serão aceitos pelo Grêmio. E estão tendo imediata resposta, tanto na esfera policial, quanto na esfera judicial", disse Marcelo Bertoluci, advogado que representa os dirigentes do clube gaúcho.
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