Cinco dias antes do início da Copa América, a Conmebol detalhou o protocolo sanitário que será implementado para evitar a disseminação da Covid-19 entre atletas, membros da comissão técnica e todas as outras pessoas que farão parte do evento no Brasil, que decidiu sediar o torneio depois das desistências de Colômbia e Argentina.
É "altamente recomendado" que as dez delegações da competição tenham todos os integrantes vacinados. E com o respectivo comprovante em mãos aos visitantes a ser apresentado ainda no aeroporto. A recomendação se estende aos árbitros. No entanto, de acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, as delegações não precisarão ser vacinadas.
De acordo com o coordenador operacional da Copa América, André Pedrinelli, seis das dez equipes já estão imunizadas e duas vão completar a imunização nesta semana. Serão 650 pessoas de dez delegações, além de 450 funcionários ligados à Conmebol espalhados por Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro, as quatro sedes escolhidas para abrigar as partidas.
A Conmebol reforçou que as nove seleções visitantes, mais o Brasil, devem ficar isoladas no hotel de suas respectivas concentrações, saindo apenas para treinos e jogos. Não serão permitidas saídas sem autorização, tampouco a recepção de convidados. A entidade ameaça quem desrespeitar com multa inicial de US$ 15 mil. E todos os envolvidos nas delegações passarão por testes de covid-19 a cada 48 horas.
Os exames serão feitos com o RT-PCR e nenhum teste será realizado pelo SUS. Todos os atletas terão direito a seguro de vida e, caso haja necessidade, serão atendidos por hospitais privados.
Outra recomendação é que as hospedagens sejam individuais. Caso não seja possível, a distância indicada entre jogadores ou integrantes das determinadas seleções em seus quartos é de dois metros. O uso da máscara é imprescindível em todos os locais com mais de uma pessoa. Ficar hospedado em apenas um andar também é uma exigência.
A medida da temperatura será contínua. Na entrada do ônibus ou antes de iniciar o treinamento. Ninguém pode trabalhar caso tenha 37,4° ou mais. Os centros de treinamentos devem ter o mínimo de pessoas possível. Todos devem fazer desinfecção antes e após os trabalhos. Os banhos serão apenas no hotel e máscaras úmidas devem ser descartadas e trocadas. As equipes farão uso de voos fretados e ônibus individuais, que serão higienizados antes e depois da utilização.
Dentro de campo, alguns hábitos comuns não serão autorizados, como a tradicional troca de flâmulas antes de a bola rolar e de camisas entre os oponentes, mesmo após o apito final. Nada, também, de beijar a bola. As cuspidas, algo costumeiro de jogadores e, sobretudo, técnicos, estão vetadas, assim como ninguém pode assoar o nariz durante o jogo. Deu sede? Cada um deve usar sua garrafa individual.
Nas entrevistas coletivas, a máscara é item obrigatório. Os entrevistados podem abrir mão do item caso estejam em uma distância de dois metros. Repórteres não podem tirá-las.
O Ministério da Saúde aprovou todas as medidas adotadas pela Conmebol em conjunto com a CBF. O ministro Marcelo Queiroga disse nesta terça-feira que não existem provas de que "a prática de esportes aumenta o nível de contaminação dos atletas e da comissão técnica pelo coronavírus".
Afirmou, também, que os protocolos são seguros e permitem a realização da Copa América no Brasil. Ele reiterou, porém, que a decisão de fazer o evento no País não é de competência do Ministério da Saúde.
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