O técnico do Borussia Dortmund, Lucien Favre, descreveu a sensação de estar em uma partida sem público, medida adotada para evitar o contágio do coronavírus e que valerá para todas as partidas que restam para concluir a temporada do Campeonato Alemão.
Favre reconheceu que ver seus comandados jogarem sem o apoio do público é muito diferente do usual. O Borussia Dortmund tem uma das torcidas mais apaixonadas da Europa e uma das maiores médias de público. Os apoiadores que formam a chamada "Muralha Amarela", que fica atrás do gol sul do Signal Iduna Park, costumam amedrontar os times visitantes. Nesse setor, cabem mais de 25 mil pessoas, que vibram e ficam de pé, já que não há cadeiras.
"Foi muito, muito diferente. Você não tem barulho, chuta para o gol, dá um passe... E nada acontece. É muito, muito estranho. Sentimos muita falta de nosso público. Foi um jogo completamente diferente do comum", disse o treinador, que se juntou aos atletas no final da partida para fazer a tradicional saudação perto do setor onde ficaria a Muralha Amarela.
O desempenho, no entanto, não foi afetado pela ausência de torcida no estádio, uma vez que o Dortmund goleou o Schalke por 4 a 0 no clássico do vale do Ruhr, neste sábado. Haaland, Guerreiro, duas vezes, e Hazard marcaram os gols da partida, que reabriu a liga alemã, primeiro grande torneio da Europa a ser retomado em meio à pandemia do novo coronavírus.
O meia Julian Brandt também deu sua opinião sobre atuar com os portões fechados. Para ele, os jogadores terão de se adaptar à medida, que está dentro da nova realidade do futebol.
"É claro que eu preferiria que as condições da estrutura fossem normais. Mas no final é assim e todos nós temos que nos adaptar. No final, futebol é futebol e é preciso tentar desfrutar", disse o jogador à Sky Sports.
Para que o campeonato fosse retomado apesar da pandemia de coronavírus, a Bundesliga elaborou um protocolo sanitário com uma série de medidas rígidas. Além da proibição dos torcedores no estádio, os jogadores têm de evitar os braços e apertos de mão, os times entram separados no gramado, os reservas ficam separados por uma cadeira de distância, todos que não estão jogando têm de usar máscaras e os atletas e membros da comissão técnica são submetidos a testes de covid-19 regularmente.
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