A Desportiva Ferroviária acertou o aluguel do terreno anexo ao estádio Engenheiro Araripe para a casa de shows e complexo gastronômico Embraza. A inauguração da área está prevista para o dia 24 de novembro, quando o Brasil estreia contra a Sérvia na Copa do Mundo no Catar, e o valor levantado irá contribuir com a manutenção do patrimônio grená.
O Embraza promete ser um espaço de concentração da torcida em dias de jogos e vai ceder descontos aos sócios-torcedores. O grupo do setor de entretenimento vai injetar R$ 2,5 milhões no espaço que será alugado por R$ 26 mil (por mês) no primeiro ano. Segundo o diretor-executivo Carlos Farias, o valor captado pela Desportiva foi acertado para gerar receitas principalmente para os gastos mensais de patrimônio.
O complexo de entretenimento será localizado em frente a estação ferroviária Pedro Nolasco, que atualmente consegue renda com outdoors. Haverá estacionamento para 70 carros, área gastronômica com food truck e contêineres fast food e área de eventos.
"A prioridade nossa é que esse dinheiro nos ajude a equilibrar os nossos gastos com o patrimônio. É um gasto muito alto. Eu já falei do IPTU anual de 84 mil reais. É um valor muito alto para qualquer clube. Principalmente na situação que a gente vive. Mas nós temos muitas despesas: funcionários, manutenção do campo, energia muito cara... Então, é difícil bancar mensalmente os gastos de tudo isso. Então esse dinheiro é para investir no patrimônio. É evidente que nos permite com esse equilíbrio partir para pagar alguma coisa com relação ao Ato Trabalhista."
A área de 15 mil metros quadrados foi planejada pela arquiteta Mirella Corrêa e será pavimentada e arborizada com 50 palmeiras imperiais. Foram meses de negociação para acertar o valor que supera os R$ 18 mil reais destinados a 36 parcelas da primeira parte do Ato Trabalhista.
A nova receita da Locomotiva Grená não será revertida para a formação do elenco. O aluguel deve contribuir para o pagamento da última parte do Ato estimada em R$ 1.200.000,00.
"Estamos em discussão com a Justiça do Trabalho na continuação do Ato Trabalhista, como conseguimos honrar aquele primeiro acordo com 40 parcelas com muito sacrifício. Existiu extremo sacrifício e hoje não teríamos mais condições. Nós conversamos com o juiz sobre isso. Agora já começamos a ter a oportunidade de partir para esse segundo volume de processos, superior a um milhão em dívidas, que recebemos do clube com mais de dois milhões de dívidas trabalhistas, fora previdenciária."
Não é de hoje que problemas jurídicos e financeiros ameaçam a gestão da Tiva. Apesar disso, o time de Jardim América acredita que a sociedade entre Desportiva Ferroviária e o Grupo Villa-Forte & Oliveira Empreendimentos e Participações S/A não deve ameaçar o planejamento.
"Nós estamos conversando. Esse processo ainda está em curso na 2ª Vara Cível de Cariacica. Todos têm consciência disso. Neste empreendimento isso está muito claro. Estamos conversando porque estamos na fase de liquidação da sentença desse processo. Estamos estudando o que fazer para terminar esse processo da melhor forma possível. Mas, temos boas perspectivas de solução."
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