O Aster Brasil é um clube capixaba, fundado em 2018 e que possui sede em Vitória, capital do Espírito Santo. Fundado por empresários paulistas, o objetivo do clube sempre foi a formação de novos atletas, com um grande foco nas categorias de base. No entanto, com pouco tempo de trabalhos no profissional, a equipe conquistou o vice-campeonato da Copa Espírito Santo de 2021, resultado que animou os organizadores do projeto.
Na base, os resultados só melhoravam e o Aster conquistou a vaga na Copa São Paulo de Futebol Júnior pela primeira vez em 2022. Eliminado na fase de grupos daquele ano, mas apresentando um bom futebol, o clube retornaria a competição no ano seguinte, desa vez conquistando a vaga para o mata-mata e sendo eliminado pelo Internacional em uma partida disputada.
No entanto, não é sobre este Aster que estamos falando. É sobre o Aster Itaquá, clube criado há apenas 10 meses e a grande sensação da Copa São Paulo em 2024. A equipe de Itaquaquecetuba (por isso o Itaquá), em São Paulo, liderou o Grupo 23 da competição e no mata-mata desbancou Oeste, o atual bicampeão Palmeiras e por último o Guaratinguetá.
Diferente do que se pensa, o Aster não mudou de Estado. O Aster Brasil e o Aster Itaquá são duas filiais de um único projeto. "Nós vamos usar o Espírito Santo como um centro de captação, com foco nas categorias do sub-11 ao sub-17 em parceria com a Factory Pleyer, mas com o sub-20 rodando em São Paulo", afirmou Kayo Moreno, um dos sócios e fundadores do clube.
Apesar de ter sede em São Paulo, a equipe do Aster Itaquá conta com muitos remanescentes dos grupos que atuaram nas edições de 2022 e 2023 da Copinha. São 17 jogadores que já atuaram na competição pelo Aster Brasil, sendo 6 deles capixabas: Davi Corsini, Galo, PK, Gabriel Fontes, Felipe Kieza e Lucas Santos.
Sobre a boa campanha do Aster no torneio, Kayo foi enfático ao atribuir os resultados ao prosseguimento do trabalho. "Fomos um clube que mostrou um bom futebol nas últimas participações, fomos eliminados no detalhe, mas isso deu uma casca a mais para os garotos. Lógico que quando se enfrenta o Palmeiras é da para perceber a diferença de investimento, mas o trabalho responde, os meninos foram bem, entenderam qual era a proposta e deu certo", analisou.
Quando um clube de menor expressão faz uma campanha surpreendente, é natural que os holofotes dos grandes clubes maiores se voltem para esses jogadores. Todo ano, diversos atletas são contratados por clubes da Série A do Campeonato Brasileiro após boas atuações na Copa São Paulo, que é uma vitrine respeitada.
Com o Aster não está sendo diferente. Segundo Kayo Moreno, alguns jogadores do atual elenco já estão encaminhados em clubes do Brasil e de fora. "Temos um jogador que está apalavrado com o Flamengo, que é nosso goleiro Vitor Boin, uma negociação de um zagueiro com o Vitória-BA, e temos um negócio fechado com um clube de Portugal e o Gustavinho já está fechado com um clube dos Emirados Árabes", contou.
Apesar de ser um clube focado na revelação de novos jogadores, o Aster tem planos para montar uma equipe profissional no futuro. "A ideia é fazer uma equipe profissional, talvez até em 2024 ainda, estamos estudando, e aí jogaríamos a Série B do Campeonato Paulista, a Copa Paulista, além de todas as competições de base, do sub-11 até o sub-20", revelou Kayo.
A princípio, a ideia é participar de competições profissionais apenas em São Paulo. O clube ainda estuda se volta a disputar competições adultas no Espírito Santo, mas até o momento apenas as categorias sub-11 até a sub-17 terão equipes do Aster no estado.
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