O Rio Branco deu mais um passo em seu planejamento de reestruturação financeira. Depois de seis meses de negociações na Justiça, o Alvinegro equacionou um total de R$ 1,3 milhão em dívidas trabalhistas. Sanear o déficit do clube e resolver todas as pendências é apenas o início do projeto que já obteve sucesso no desbloqueio das penhoras.
O Rio Branco possui uma dívida, estimada, de R$ 2,5 milhões, sendo R$ 1,3 milhão referente às ações movidas entre os anos de 2016 e 2021. No entanto, a dívida do Brancão também inclui R$ 1,1 milhão em dívidas fiscais e tributárias e R$ 100 mil em dívidas cíveis.
Com o clube asfixiado pelas dívidas, a gestão do presidente Paulo Pacheco iniciou em outubro de 2021 um plano de estruturação, com auditoria contábil/financeira. Em busca da saúde operacional, o Alvinegro já conseguiu levantar os valores a serem quitados, estabelecer acordos, pagar as primeiras parcelas das dívidas e desbloquear penhoras.
"É uma grande vitória. Para nós, da diretoria, e para a torcida, que sabe o momento delicado que o clube vive, é praticamente a conquista de um campeonato. Após muito trabalho de estudo, levantamentos e negociações, conseguimos acabar com os bloqueios de penhoras, algo que perdurava há seis anos no clube. Nenhum clube, empresa ou instituição consegue sobreviver com 100% de suas rendas penhoradas. Conseguimos, em seis meses, resolver um problema que durava seis anos. Isso é fruto de uma gestão responsável e austera, com planejamento profissional traçado a longo prazo."
O último acordo de negociação em bloco foi homologado na Justiça em maio. A diretoria alvinegra entende que a dívida trabalhista do Rio Branco poderia ser cerca de 50% menor. Isso porque por vezes o clube foi julgado à revelia, ou seja, o Brancão não mandou representantes para a defesa da Instituição.
De qualquer forma, nos seis primeiros meses de gestão, foi efetuada a defesa de todas as ações trabalhistas e não existem novos processos em execução penhorando receitas do clube.
"Precisamos entender quem foi o Rio Branco do passado, quem é o Rio Branco do presente e o que queremos do Rio Branco para o futuro. Eu, como presidente e torcedor, almejo sempre vitórias e resultados esportivos. Porém, não prometemos resultado esportivo imediato. Nesse momento, a maior preocupação é reestruturar, modernizar e sanear o clube, preparar o Rio Branco para o futuro. O projeto continua, com a intenção de sanear o clube a médio e longo prazo. Porém, se esses objetivos forem alcançados a médio e curto prazo, adiantamos o projeto esportivo, que a princípio é a longo prazo. É de suma importância o apoio ao projeto de reestruturação pelos conselheiros, sócios, torcedores organizados e geral para que possamos ter o maior clube capixaba representando o Espírito Santo de forma digna no cenário nacional no futuro."
No Balanço Patrimonial que será divulgado no segundo semestre, após a finalização da auditoria contábil/financeira, o Rio Branco fará proveito das oportunidades de imagem. Fora cinco temporadas sem ativos provenientes de patrocinadores, bilheteria, planos de sócio-torcedor, premiações, entre outras.
Agora, o maior campeão do Espírito Santo, que não espera resultados esportivos imediatos, tem como objetivo equacionar as dívidas tributárias e fiscais, além de emitir certidão negativa trabalhista.
"A auditoria contábil/financeira, somada a uma gestão profissional e austera, com equacionamento das dívidas, busca, a médio prazo, uma instituição administrável, preparando o clube para que, num futuro próximo, se transforme em SAF. Em paralelo, estamos efetuando tratativas com parceiros para a adequação da instituição."
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