Vice-campeão do Campeonato Capixaba, o Rio Branco-VN já deixou o clima de desolação para trás e iniciou o projeto para a Copa do Brasil 2025, vaga assegurada após haver chegado à final do Estadual. O clube encerrou o seu calendário para 2024 com uma vitória, ainda que não tenha sido suficiente para se sobrepor ao placar do acumulado e tirar o título das mãos do Rio Branco da Capital. O jogo foi para os pênaltis e aí o tricolor caiu diante do Capa-Preta.
Uma das referências do time polenteiro, Canário disse que ainda não há uma conversa sobre manutenção do elenco. "Está nas mãos de Deus". A indefinição sobre quem permanece do elenco se estende a outros atletas, como o meia Marcus. "Vamos pensar, refletir sobre a melhor decisão para o clube o qual vou na sequência".
Já o presidente do Rio Branco-VN, Breno Caliman, porém, falou com A Gazeta sobre a estruturação do clube para o futuro. "Como nós não iremos disputar nada no restante do ano, os atletas já estão liberados. Como o campeonato foi muito bom, muitos deles já têm pré-contratos assinados, mas, obviamente, há muitos nomes dentro do elenco que temos interesse para 2025, e estamos torcendo muito para que todos tenham ótimos contratos assinados após essa participação, para assim podermos fazer com um time bem conciso e forte".
De acordo com Caliman, a ideia para este ano é focar nas categorias de base. "Tanto a sub-13, como a sub-11, a sub-15 e a sub-17. Para o profissional, direcionaremos o planejamento para 2025. Além disso, pensaremos nas melhorias estruturais para 2024, como a reforma do gramado do Olimpio Perim, drenagem e a substituição da grama e melhorias da iluminação e vestiário, já que alguns jogos da Copa do Brasil queremos que aconteçam em Venda Nova. A gente quer dar uma estrutura melhor".
Já com relação ao torneio nacional do ano que vem, a expectativa é alta. "A única participação que temos, ocorreu numa pandemia, sem a presença do público. O clube tem grande adesão do público de Venda Nova, e é um passo histórico para nós". A fala do dirigente se coaduna com a maciça presença dos Polenteiros nos estádios. O Rio Branco de Venda Nova foi o segundo time com maior público acumulado no Capixabão.
Com a participação do clube na Copa do Brasil isso reverte a eles um ativo de R$ 750.000,00 (valores de 2024) para os cofres do time. O que é algo importante para as finanças. "O recurso, obviamente, ajuda muito. Especialmente em razão de na nossa programação inicial pensarmos em equalizar as contas, que já vinham de uma gestão equilibrada".
Distante em cerca de 100km de Cariacica, palco da final, a torcida apoiou o clube a todo tempo e mobilizou sete ônibus vindos de Venda Nova. A torcida estava empolgada e confiante. Um dos representantes da torcida organizada, Luiz Felipe Mendonça, esperava por uma reedição do Campeonato de 2020, quando o Polenteiro venceu o xará e levou o título para o interior. Nayara e Gabrielle, primas do jogador William vieram para prestigiar o familiar e impulsionar o time. Elas apostavam num placar de 2 a 0. O prefeito de Venda Nova, Paulinho Minetti também estava entre os torcedores e ansiava pelo título para sua cidade. Segundo ele, a presença do clube na final pode estimular a prática esportiva em sua cidade.
Entre as alegrias que só o esporte pode proporcionar, duas são destaques. Vinícius Fabri funcionário público, foi outro que se mobilizou para Cariacica para ver seu time do coração... mas sem o ingresso! Ainda assim conseguiu entrar para a arquibancada e ver a dura disputa entre os times.
O Rio Branco-VN foi uma das surpresas do Campeonato Capixaba 2024. Durante seis rodadas, o Brancão Polenteiro figurou a zona do rebaixamento. O Clube venceu pela primeira vez no torneio apenas na sétima rodada, e não perdeu mais, se salvando do descenso na última partida. Nas fases finais, o tricolor só sucumbiu nas duas partidas da final, que consolidaram a vitória do xará da capital.
Quanto à final, o presidente do Rio Branco-VN foi cauteloso ao analisar esta fase da partida e especialmente a cobrança de Dodô. "Encaramos a cobrança de pênalti da forma que tem que ser, do lado mais profissional possível. Todo qualquer atleta que bate pênalti é porque tinha, e é entendido pela comissão técnica, como tendo capacidade de fazer. Quem acompanha e acompanhou os treinamentos, sabe que essa é uma característica da cobrança do Dodô e para nós é assim. Se ele bateu é que ele tinha a confiança da equipe técnica para cobrar. Infelizmente uma equipe tem que ganhar e nesse caso acabou não sendo a nossa".
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