> >
5 erros de Vitor Pereira no comando do Flamengo

5 erros de Vitor Pereira no comando do Flamengo

Treinador português foi demitido do cargo na manhã desta terça-feira (11) após perder a final do Campeonato Carioca para o Fluminense

Publicado em 11 de abril de 2023 às 16:13

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Vítor Pereira falou sobre os erros do Flamengo na Supercopa do Brasil
Vítor Pereira falou sobre os erros do Flamengo na Supercopa do Brasil. (Ettore Chiereguini/AGIF)
Breno Coelho
Estagiário / [email protected]

Vitor Pereira caiu. O treinador português foi demitido do comando técnico do Flamengo na manhã desta terça-feira (11) e não treina mais a equipe. A sequência de derrotas e perdas de títulos decisivos no começo de temporada minaram a confiança da torcida e da diretoria em relação ao trabalho da comissão técnica, que não suportou a pressão.

Diversos equívocos foram cometidos na gestão do clube durante o processo de contratação do técnico, tanto de Vitor Pereira, quanto da diretoria do Flamengo, representado pela figura do vice-presidente de futebol, Marcos Braz. Por isso, reunimos quatro fatores que influenciaram em mais uma troca no comando do Rubro-Negro

1. Saída de bola ruim

Pedro é um dos principais nomes do Flamengo no elenco atual
Pedro era o único mecanismo de saída de bola que a equipe apresentava. (Redes Sociais / @pedroguilherme)

Uma das maiores marcas do Flamengo nos últimos anos tem sido a qualidade do time em sair tocando a bola desde a defesa com qualidade, pelo chão, sem chutões. Com Vitor Pereira, os mecanismos de saída de bola da equipe eram muito frágeis, com pouca criatividade e abusava das bolas esticadas para o pivô de Pedro, que era a única alternativa da equipe para sair da pressão adversária.

2. Defesa frágil

David Luiz, zagueiro do Flamengo
A zaga do Flamengo tem apresentado muita fragilidade neste começo de temporada. (Gilvan de Souza/Flamengo)

Se a equipe treinada por Dorival Júnior tinha uma fraqueza aparente, essa era o sistema defensivo. Por se defender em um 4-3-3 com pouca participação dos homens de frente na marcação, os laterais frequentemente se viam em situações de 2 contra 1. O treinador português criticava esse aspecto do Flamengo quando ainda estava no Corinthians e parecia ter a solução para o problema. No entanto, quando assumiu o Rubro-Negro os problemas defensivos só cresceram e a equipe sofria muitos gols, de diversas formas. 

3. Esvaziamento do meio-campo

Everton Ribeiro foi colocado no banco e passou a ser o substituto de Arrascaeta
Everton Ribeiro foi colocado no banco e passou a ser o substituto de Arrascaeta. (Gilvan de Souza/Flamengo e Alexandre Vidal/Flamengo)

No início do trabalho, Vítor Pereira tentou implementar seu estilo de jogo partindo de um esquema 4-4-2, utilizando o quarteto ofensivo conhecido pela torcida do Flamengo (Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gabigol e Pedro). Não deu certo e o treinador optou por mudar para um esquema com 3 zagueiros. Com isso, houve um revesamento da titularidade entre os quatro, e por vezes, Everton Ribeiro e Gabigol sentavam no banco de reservas. Esse esquema priorizou o jogo pelas laterais com a subida dos dois alas, minando a criatividade pelo centro do jogo que a equipe tanto apresentou durante os últimos anos.

4. Mudanças constantes na escalação

Vitor Pereira, novo técnico do Flamengo
Treinador não definia o time titular nos treinamentos com medo de vazamentos. (Marcelo Cortes/Flamengo)

Quando chegou ao clube, Vitor Pereira tentou definir um time titular, com o quarteto da frente mais Thiago Maia e Gerson como volantes. Depois das derrotas na Supercopa e Mundial de Clubes, o treinador decidiu mudar e a cada jogo, variava o time titular, escalando a equipe conforme o adversário. Com os constantes vazamentos de escalação antes dos jogos, os treinamentos não definiam o 11 inicial, algo que não foi bem-visto pelo elenco que sentiu a falta de entrosamento durante as partidas.

5. Má utilização de Gabigol

Gabigol foi eleito o melhor jogador da final da Libertadores
Gabigol foi eleito o melhor jogador da final da última Libertadores. (Marcelo Cortes/Flamengo)

Qualquer um que acompanhe o futebol brasileiro desde 2019 sabe que a alma do time do Flamengo é o atacante Gabigol. Ele é considerado o termômetro da equipe. Se ele está bem, é um indicativo que as coisas vão bem. Se ele está mal, alguma coisa não está certa. O rendimento ruim do jogador passa pelo posicionamento dele em campo, sendo muitas vezes utilizado como um meia, ficando cada vez mais longe da área e com isso, suas principais qualidades não foram exploradas.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais