Em crise e flertando com a possibilidade de somar mais um rebaixamento no Brasileirão, campeonato no qual ocupa a última posição, com nove pontos, o Vasco teve uma troca no comando de sua SAF nesta terça-feira (25). A 777 Partners, acionista majoritária da sociedade anônima vascaína, anunciou que Luiz Mello foi removido do cargo de CEO e substituído interinamente por Lucio Barbosa, diretor financeiro da SAF desde 2022.
"Quero agradecer ao Luiz Mello por seus esforços nos últimos dois anos, principalmente durante a transição do clube para a SAF. Também quero agradecer a Lucio Barbosa, que terá todo o apoio de nossa equipe de profissionais de classe mundial para comandar a evolução do clube", disse Josh Wander, fundador e sócio-gerente da 777 Partners, em comunicado divulgado pela empresa de investimentos.
"Como todos os que se importam profundamente com o Vasco da Gama, quero ver resultados melhores do que vimos até agora nesta temporada. Gostaria de garantir aos nossos incríveis torcedores que todos os envolvidos com o clube estão trabalhando duro todos os dias para deixá-los orgulhosos e estou confiante de que começaremos a mostrar melhores resultados em breve", concluiu.
A empresa também informou que Luiz Mello iniciou um processo de transição para assumir um cargo executivo, em 1º de agosto, no 777 Football Group. Além do Vasco, pertencem ao grupo o Genoa (Itália), o Hertha Berlin (Alemanha), o Standard de Liege (Bélgica), o Red Star (França), o Sevilla (Espanha) e o Melbourne (Austrália).
Mello estava no cargo de CEO do Vasco desde janeiro de 2021, sob a gestão do presidente Jorge Salgado, antes de o clube virar SAF. Em agosto do mesmo ano, ele liderou a transição para sociedade anônima após a aprovação da LEI da SAF. Quando o processo foi concretizado, a 777 decidiu deixá-lo no cargo.
Conforme a situação do clube foi piorando, Mello passou a ser alvo de questionamentos. O fato de ser mantido como CEO foi apontado como um conflito ético, por ter sido ele o intermediador da venda da SAF, mas 777 nunca viu a situação dessa forma. Além disso, conselheiros acusaram o dirigente de mentir ao assinar o termo de posse.
O documento dizia que o cargo não poderia ser ocupado por alguém vinculado a qualquer outro clube que não o Vasco, e Mello tinha um plano de sócio-torcedor do Flamengo em seu nome. Na ocasião, em entrevista ao GE, ele argumentou que o trecho do termo é referente apenas a cargos de administração, deliberação ou fiscalização. Também disse ter sido vítima de ameaças de morte.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta