Cristiano Ronaldo foi oficialmente apresentado pelo Al Nassr, da Arábia Saudita, na terça-feira (3). Perto de completar 38 anos de idade, o craque português afirmou que está longe de encerrar a carreira. Na coletiva de imprensa em seu novo clube, diante de diversos jornalistas, Ronaldo também valorizou o futebol local.
“Não é fácil ganhar qualquer jogo hoje em dia, porque os times estão preparados. A evolução do futebol torna diferente. Para mim, esse não é o fim da minha carreira, vir para a Arábia Saudita. Para ser honesto, não ligo para o que as outras pessoas falam”, disse Cristiano Ronaldo.
A chegada do camisa 7 se deu após períodos conturbados em seu ex-clube e uma amarga eliminação da seleção portuguesa na Copa do Mundo do Catar.
Em sua segunda passagem pelo Manchester United, da Inglaterra, Ronaldo não encontrou o mesmo cenário de quando brilhou por lá entre 2003 e 2009. Seu rendimento também ficou aquém das expectativas dos torcedores e dirigentes. A insatisfação geral fez com que Cristiano entrasse em conflito com o treinador holandês Erik ten Hag, que o deixou fora dos planos em diversas oportunidades. Além disso, parte da torcida se mostrava infeliz com as atitudes de Ronaldo perante ao clube.
No meio de tudo isso, o United não conseguiu se classificar para a Liga dos Campeões, e a crise aumentou. Cristiano fez duras críticas ao clube inglês em uma entrevista à TV britânica. Após as declarações, seu contrato foi rescindido.
Sem propostas convincentes ao redor do planeta, Cristiano Ronaldo jogou boa parte da Copa do Mundo sem um clube para o qual retornar. No Catar, figurou no banco de reservas e amargou uma derrota para a modesta seleção do Marrocos nas quartas de final do Mundial.
As especulações com o futebol árabe já eram fortes antes do fim do contrato com o United, mas Ronaldo negava. Por fim, acertou com o Al Nassr em um contrato que vai até 2025 – quando terá 40 anos –, com cifras que se aproximam de R$ 1,1 bilhão por ano. Nada mal para um dos maiores jogadores da história do futebol.
A dúvida que resta é se Cristiano Ronaldo terá momentos de glória acima da linha dos 35 anos, em uma liga sem visibilidade mundial e com uma moral abatida após os eventos conturbados das últimas temporadas. A história de Cristiano Ronaldo é inquestionável, mas é difícil pensar em um futuro onde o craque se encaixe bem em um clube de expressão ao redor do mundo e encerre sua carreira com chave de ouro.
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