A melhor história da Copa do Mundo do Catar foi contemplada neste domingo (18). Em uma decisão que foi um presente para quem gosta de futebol, a Argentina venceu a França por 4 a 2 na disputa de pênaltis, após um 3 a 3 até a prorrogação, e conquistou o tricampeonato mundial no Lusail Stadium. O sonho de "La Tercera", como cantam os argentinos, chegou. O título coroa o gênio Lionel Messi como o maior jogador de sua geração e premia uma torcida que fez história nas arquibancadas do mundo árabe.
Em campo, um amasso argentino no primeiro tempo. Messi, de pênalti, e Di María aproveitando um contra-ataque marcaram os gols dos Hermanos. A França, campeã mundial na Rússia em 2018, esteve irreconhecível, apática, mas ressuscitou na segunda etapa quando faltavam dez minutos para o jogo acabar. Dois gols de Mbappé para empatar e partida e levá-la à prorrogação.
Mas no tempo extra, brilhou mais uma vez a estrela de Messi, que balançou as redes. Mas quando tudo parecia resolvido, Mbappé cobrou pênalti com perfeição para empatar a partida mais uma vez e levar a decisão para as penalidades. No fim, competência dos argentinos que venceram a disputa por 4 a 2 na marca fatal.
A Argentina dominou as ações da partida desde o início. Surpreendeu a França, que ficou encurralada em seu campo de defesa. Aos 7 minutos a primeira chance surgiu em chute, de fora da área, De Paul para defesa tranquila de Lloris. Mas a principal arma dos Hermanos era Di María espetado na ponta esquerda. Todos os lances de perigo passaram pelos pés do atacante. Em uma dessas investidas ele bagunçou Dembele e sofreu pênalti. Messi bateu para fazer 1 a 0 Argentina, aos 23 minutos da primeira etapa.
Nem o gol acordou a França. A Argentina seguiu criando jogadas de perigo. O gol para ampliar o placar já parecia questão de tempo e foi justamente o que aconteceu. Em um contra-ataque de cinema, Di María completou cruzamento pelo lado direito do ataque para fazer 2 a 0.
Com seu time apático em campo, Deschamps promoveu duas substituições aos 41 minutos do primeiro tempo. Sacou Dembele, que errou tudo o que tentou, e Giroud. Entraram Thuram e Kolo Muani no ataque. A insatisfação era visível com um time que estava irreconhecível em campo.
A segunda etapa começou da mesma forma que a primeira se encerrou. A primeira oportunidade de gol veio novamente com a Argentina. Aos 3 minutos, De Paul chutou e forçou mais uma defesa de Lloris. Com mais disposição, a França se lançava mais ao ataque, mas muito bem marcada, pouco conseguia oferecer perigo à meta de Martínez.
Deschamps fez mais duas mudanças. Promoveu as entradas de Coman e Camavinga nos lugares de Griezmann e Théo Hernandez. Foi aí que tudo mudou. A garotada fez time francês crescer. Kolo Muani fez boa jogada, aos 35 minutos, e foi derrubado dentro da área por Otamendi, pênalti para a França, Mbappé cobrou firme e descontou para os Bleus. Um minuto depois, o mesmo Mbappé apareceu para empatar a partida. Tabelou com Thuram e acertou belo chute para fazer 2 a 2. Tudo aberto no Lusail Stadium.
A torcida da Argentina, que já cantava "olé", ficou em silêncio pela primeira vez na Copa do Mundo. A França cresceu e chegou perto de virar a partida. Mas parou na marcação dos Hermanos, que ainda foram muito perigosos em jogadas criadas por Messi. No fim, 2 a 2 decisão fica para a prorrogação.
Renovada com a energia da garotada, a França ameaçou acelerar o jogo, mas não conseguiu. Mesmo cansada, a Argentina conseguiu tirar o ritmo do jogo e cadenciar a partida. E aos quatro minutos do segundo tempo, brilhou a estrela de Messi, que aproveitou rebote de chute de Lautaro Martinez e fez 3 a 2 para a Argentina.
Quando o jogo parecia resolvido, Mbappé chutou de fora da área e a bola bateu no braço de Montiel. Mbappé foi para a cobrança e não decepcionou. Estufou as redes e deixou o placar em 3 a 3. As duas equipes ainda desperdiçaram chance de definirem o jogo. Muani cara a cara parou em defesa de Martínez, e Lautaro sozinho cabeceou para fora. E o jogo foi mesmo para os pênaltis.
Os craques abriram as cobranças. Mbappé e Messi marcaram para França e Argentina, respectivamente. Na sequência, Coman perdeu para a França. Parou em grande defesa de Martínez. Dybala bateu o segundo pênalti da Argentina e colocou os Hermanos na frente. Tchouameni bateu o terceiro pênalti da França para fora. Paredes converteu para a Argentina, e Muani fez para a França. Montiel bateu com segurança e garantiu o título da Argentina
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