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Botafogo reprova veto à torcida no Uruguai, aciona Conmebol e até a Interpol

Botafogo reprova veto à torcida no Uruguai, aciona Conmebol e até a Interpol

Clube se manifestou publicamente após o governo uruguaio alegar que não há condições de segurança para os botafoguenses após os conflitos que ocorreram no Rio, na semana passada

Publicado em 28 de outubro de 2024 às 20:39

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O Botafogo recebeu com surpresa e reprovação o pedido do ministro do Interior do Uruguai, Nicolas Martinelli, à Associação Uruguaia de Futebol (AUF) para que a partida entre o clube brasileiro e o Peñarol seja com torcida única no estádio. A volta das semifinais da Copa Libertadores, após 5 a 0 na ida, ocorre nesta quarta-feira e muitos torcedores já estão ou a caminho para Montevidéu.

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O Botafogo de Luiz Henrique foi implacável com o Peñarol no jogo de ida das semifinais da Libertadores. (Botafogo/Assessoria de Comunicação)

A alegação do governo é que não há condições de segurança para os botafoguenses após os conflitos que ocorreram no Rio, na semana passada. O clube alvinegro cobrou uma resposta da Conmebol e ainda acionou a Interpol.

Botafogo reprova veto à torcida no Uruguai, aciona Conmebol e até a Interpol por segurança

O clube brasileiro revelou, em nota, que foi "surpreendido, na tarde desta segunda-feira (28), com um ofício do Ministério do Interior do Uruguai formalizando, por razões de segurança, o veto à presença de torcedores do Botafogo no jogo da volta da semifinal da Libertadores, contra o Peñarol, no Estádio Campeón del Siglo." E não gostou nada da atitude.

"O Botafogo discorda veementemente das decisões das autoridades uruguaias. O clube acredita que o Uruguai é um país que reúne plenas condições para garantir a realização do duelo com total segurança. O Botafogo reafirma ainda que é contra qualquer tipo de violência e que preza por uma disputa leal em campo", seguiu o clube.

Utilizando-se do regulamento da Libertadores, os cariocas frisaram que ele é claro no sentido de que a obrigação da manutenção da segurança é de responsabilidade do clube local ou da Federação/Confederação Nacional.

"Em face do que foi apresentado, está evidente que o Peñarol e a Polícia de Montevidéu (Polícia Nacional do Estado Maior - Ministério do Interior) assumiram a incapacidade em garantir a segurança de torcedores e delegações de ambas as equipes. O Botafogo acredita que essa infração do regulamento não deve passar impune pela Conmebol", cobrou. "Por este motivo, estamos acompanhando junto à entidade os desdobramentos para assegurar o estrito cumprimento do Regulamento da Competição."

Na visão botafoguense, uma decisão unilateral como esta abre um precedente muito perigoso para a competição pois o critério de "falta de segurança" poderá ser usado por qualquer outra agremiação para impedir a entrada da torcida visitante nos jogos. O Botafogo crê que o clube que não garantir segurança da torcida visitante não pode ser beneficiado por suas próprias falhas.

"As tensões existentes devem ser resolvidas de forma diplomática pelos clubes. Nesse sentido, o Botafogo tomou todas as providências possíveis, incluindo uma comunicação oficial antes do duelo de ida, onde reforçou a importância de que seus torcedores prezassem pela paz e respeito ao adversário, fato que culminou em um comportamento exemplar dos alvinegros", frisou.

"Porém, o que foi visto desde então, por parte da direção do Peñarol, são discursos inflamados e uma posição contrária à boa prática institucional. Em meio a isso, fica o questionamento: se a direção do Peñarol mostrasse uma postura mais construtiva e pacificadora, estaríamos discutindo este tema de segurança no dia de hoje?", seguiu, pedindo bom senso e amparo legal.

"O Botafogo confia na Conmebol para tomar as medidas cabíveis visando a segurança de todos os envolvidos e a manutenção do equilíbrio esportivo. Por fim, o Botafogo acionou o Itamaraty, o Ministério dos Esportes e a Polícia Federal/Interpol com o intuito de preservar a segurança dos torcedores que estão em Montevidéu."

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