A seleção brasileira teve uma atuação decepcionante nesta quinta-feira (12) diante da Venezuela, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. Jogando na Arena Pantanal, em Cuiabá, os comandados de Fernando Diniz criaram pouco, mostraram desentrosamento e permitiram uma reação venezuelana nos últimos minutos. Gabriel Magalhães, de cabeça, colocou o Brasil em vantagem, mas Bello anotou um golaço e impôs o empate por 1 a 1.
Assim como no duelo anterior, com o Peru, a bola parada teve o potencial de decidir o resultado em favor do Brasil, mas dessa vez a falta de eficácia e a defesa dispersa fizeram com que a seleção saísse de campo com um tropeço diante de uma das equipes mais fracas destas Eliminatórias.
É o primeiro resultado diferente de vitória da seleção sob o comando do técnico Fernando Diniz. O resultado faz o Brasil perder a liderança da competição para a Argentina, única com 100% de aproveitamento. Neymar se esforçou para levar cartão amarelo em mais uma atuação fraca e em total descompasso com Vinicius Júnior, outro craque que pouco mostrou em campo.
A seleção brasileira começou o duelo a todo vapor. Neymar trouxe os holofotes da Arena Pantanal para si, com jogadas plásticas e fome de gol. No entanto, erros de passe complicaram a produtividade ofensiva do Brasil. Na bola parada, o time de Diniz levou mais perigo, mas ficou longe de apresentar o futebol que se esperava da equipe completa, com Vini Jr., Neymar e Rodrygo como grandes estrelas.
A pressa, incompreensível e desnecessária a essa altura do campeonato, foi um nítido complicador no primeiro tempo. A seleção se mostrou descoordenada: acelerava quando deveria ter paciência, diminuía o ritmo no momento que precisa ser mais ágil e incisiva.
O Brasil não soube desencaixar a firme marcação venezuelana. A equipe "vinotinto" se fechava em uma linha de cinco ou seis jogadores e tentava encontrar espaço no contragolpe. A falta de eficiência da seleção deixou os nervos à flor da pele. Richarlison e Neymar estavam exaltados com atletas da Venezuela e o árbitro peruano.
Com a Venezuela retrancada, havia necessidade de Arana e Danilo se apresentarem em uma linha mais ofensiva para criar superioridade numérica, fazer triangulações e tirar o conforto da defesa visitante. No entanto, não se viu uma movimentação em consonância com o que o Brasil precisava para balançar as redes
As laterais foram uma pedra no sapato para Diniz nessa Data Fifa Dos quatro convocados originalmente, três foram cortados. O quarto se machucou durante o jogo desta quinta. Danilo, que não fazia boa partida, saiu de campo ainda na etapa inaugural após sentir uma lesão, dando lugar ao estreante Yan Couto, de 21 anos
Na volta do intervalo, o Brasil, antes mesmo de apresentar soluções para os problemas detectados na primeira parte, inaugurou o placar aos 5 minutos. Em cobrança de escanteio de Neymar, o zagueiro Gabriel Magalhães subiu de cabeça para balançar a rede do gol defendido por Rafael Romo.
Com o placar desfavorável, a Venezuela precisou se soltar mais, dando mais espaço para os atacantes do Brasil criarem. A seleção brasileira perdeu chances sequenciais, mas os visitante também levaram perigo a Éderson. Estático, Richarlison não ajudou muito e foi substituído por Gabriel Jesus. A posição de centroavante é uma que Diniz precisa revisitar e testar novos atletas.
Os venezuelanos continuaram apostando na bola parada, e os brasileiros, no contra-ataque. Soteldo, do Santos, deu outro ritmo para a Venezuela e protagonizou as principais tentativas de ataque pela ponta esquerda.
A insistência dos visitantes fez efeito. A marcação frouxa de Gerson permitiu que Savarino encontrasse Bello na grande área. Ele emendou uma puxeta e fez um golaço para decretar o empate em Cuiabá, aos 40 minutos.
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