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Campeões do mundo criticam gestão da seleção, mas apostam em êxito na Copa

Campeões do mundo criticam gestão da seleção, mas apostam em êxito na Copa

Com nove meses de trabalho, Dorival Júnior ainda luta para conquistar a confiança da torcida.

Publicado em 15 de outubro de 2024 às 10:38

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Com nove meses de trabalho, Dorival Júnior ainda luta para conquistar a confiança da torcida. A falta de continuidade no elenco, devido a lesões, e a dependência declarada de Neymar têm gerado incertezas. O próximo desafio será contra o Peru, em Brasília, pela nona rodada, nesta terça-feira (15).

Treino da seleção brasileira.
Treino da seleção brasileira. (Rafael Ribeiro/CBF)

O ex-capitão Cafu, presente em quatro Copas do Mundo, é otimista quanto ao futuro do Brasil nas Eliminatórias e na Copa do Mundo de 2026.

"Eu sou o torcedor número um da seleção brasileira. Não foi à toa que fui o único jogador a disputar três finais de Copa do Mundo consecutivas, quatro Copas, 150 partidas e 21 jogos em Copa do Mundo. O momento da seleção não é fácil, sabemos disso. Não conseguiu manter, até agora, uma estabilidade nas Eliminatórias. Troca de treinador, demora para chegar técnico, incerteza sobre quem vem e quem sai. Isso acaba prejudicando um pouco."

Para ele, apesar do momento difícil e das mudanças no comando, a seleção brasileira mantém seu peso e respeito no cenário internacional.

"Posso garantir a vocês que o Brasil vai para a Copa do Mundo. Vai ganhar jogos, perder, empatar nas Eliminatórias, jogar bem, jogar mais ou menos, mas o mais importante é que o Brasil vai para a Copa. E, quando se trata de Copa do Mundo, a seleção será respeitada. É uma seleção que tem peso, tem camisa, e tem excelentes jogadores."

Segundo Cafu, Dorival Júnior está, aos poucos, implementando seu estilo e ajustando o time, comparando os jogadores a "diamantes" que precisam ser lapidados. Ele acredita que, com o tempo, o entrosamento virá e a seleção terá condições de brilhar na Copa do Mundo, até mesmo com chances de conquistar o título.

"Ele está conhecendo agora alguns jogadores em quem sabe que pode confiar, está procurando montar o melhor esquema tático para encaixar as peças que ele tem, que são diamantes. O jogador brasileiro é um diamante que precisa ser bem lapidado, e Dorival está fazendo isso muito bem. Aos poucos, ele chegará ao entrosamento ideal. Temos um jogo contra o Peru, em casa, em Brasília. Tenho certeza de que o Brasil vai conseguir um excelente resultado, ainda mais jogando em casa, com o apoio da torcida."

Edmílson, campeão mundial em 2002 e ex-jogador da seleção, vê os problemas em uma esfera mais alta: a administração da CBF. Para ele, a demora na escolha de um diretor-técnico e de um treinador prejudicou o desenvolvimento do futebol brasileiro, e o problema não está nos jogadores ou técnicos, mas na gestão da confederação.

"Eu não creio que seja uma questão de treinador ou jogador. Demoramos dois anos para escolher um diretor-técnico e dois anos para decidir quem seria o treinador. O problema não são os tripulantes, mas sim o comandante de todo o futebol."

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