Craque do Vasco da Gama durante duas décadas, Roberto Dinamite morreu no último domingo (8), em decorrência de um câncer no intestino. O velório do jogador ficou marcado por homenagens de grandes parceiros do futebol e também de mensagens de carinho vindas de todo o mundo.
Ao longo de quase três décadas defendendo o Vasco da Gama, Roberto Dinamite atuou com centenas de jogadores. Entre eles, estão dois capixabas. Geovani Silva e Ricardo França foram companheiros do atacante nos anos 1980 e lembram com carinho do velho “Bob”, como também era conhecido o ídolo vascaíno.
"Atuar com Roberto era fácil. Era um centroavante de alto nível. Cheguei ao Rio de Janeiro em 1982 e tive a oportunidade de jogar vários anos com ele", iniciou Geovani, que encerrou sua primeira passagem pelo Vasco em 1989, mesmo ano em Roberto se transferiu para a Portuguesa de Desportos (SP).
O jogador capixaba também valorizou a capacidade de Roberto Dinamite em encantar torcedores de todos os clubes. "O jogador que o Roberto foi todo mundo sabe. O grande ídolo do Vasco, grande artilheiro nacional, uma pessoa querida por todo mundo", frisou.
O ex-meia também exaltou a humildade de Roberto Dinamite, lembrando que o ídolo não deixava que a fama abalasse seus objetivos com a equipe vascaína. "As lembranças que teremos do Roberto sempre serão boas. Ele era uma pessoa que não se preocupava em ser o protagonista, mas, sim, coadjuvante, como dizem. Não tinha essa onda de que queria ser melhor do que ninguém, mesmo sendo de alto nível”, contou Geovani.
O capixaba ainda citou uma postura humilde de Dinamite quando Romário começou a se destacar no time profissional do Vasco, em 1985. “Quando subiu para o profissional, em 1985, Romário jogava de 11, como um falso ponta-esquerda. Mas Roberto passou a sair da área para dar espaço para o Romário fazer gol. Esse era o caráter do Roberto. Ele não estava preocupado em ser artilheiro, mas com o Vasco para ganhar títulos", destacou Geovani.
Para França, Dinamite era uma pessoa exemplar. “Roberto, além de excelente jogador, era um ótimo amigo. De uma simplicidade muito grande, um cidadão muito exemplar”, iniciou o ex-jogador, que atuou pelo Vasco entre 1988 e 1995.
“Dinamite passava uma tranquilidade absoluta dentro de campo. Ele nos orientava sem gritar, com uma calma inigualável”, complementou França.
Na memória, França guarda com carinho o momento de sua estreia no time profissional do Vasco, em 1988. “No dia da minha estreia, ele me disse: ‘Tenha calma. Faça tudo o que você fazia no sub-20 e tudo dará certo'”, lembrou o ex-meia.
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