A final da Copa Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors, marcada para 4 de novembro, pode ter seu local alterado às vésperas da importante partida. Isso porque o Flamengo, um dos clubes do consórcio que administram o Maracanã, quer que a partida contra o Red Bull Bragantino, na semana anterior, aconteça no estádio, enquanto a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) pede que o local esteja à sua disposição pelo menos uma semana antes da final, para que o gramado e a estrutura estejam perfeitos para o jogo. A CBF, em reunião com a entidade sul-americana nesta quarta (18), tentou contornar essa disputa entre as partes para que o Maracanã receba, de fato, a decisão.
A informação foi inicialmente divulgada pelo jornal O Globo e confirmada pela reportagem do Estadão. A CBF se colocou na discussão sobre o local da final após insistências do Flamengo para que a partida contra o Red Bull Bragantino, no dia 28 de outubro, acontecesse no Maracanã. O local do duelo da Libertadores, disputado em jogo único, já estava definido desde o início de 2023.
De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, Ednaldo Rodrigues e a CBF querem buscar uma conciliação no enfrentamento Flamengo versus Conmebol. Uma reunião com Alejandro Domínguez, presidente da entidade sul-americana, ocorreu nesta quarta-feira em Luque, no Paraguai, juntamente com Fluminense, Boca Juniors e a Associação de Futebol Argentino (AFA). Segundo consta, o desejo da CBF era de que essa questão não se transformasse em um debate público. A entidade tenta agir diplomaticamente para que seja encontrada uma solução.
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, já expressou publicamente seu desejo de que a partida contra o Bragantino seja realizada no Maracanã. "Não abro mão de jogar contra o Bragantino no Maracanã. Tenho a garantia de todos envolvidos no operacional do estádio que realizar o jogo contra o Bragantino não vai atrapalhar em nada a final do dia 4 de novembro", afirmou o mandatário.
O consórcio do Maracanã é liderado pelo Flamengo, que tem o Fluminense como um cogestor. Cedido pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, o estádio, assim como suas concessões e administração, é de responsabilidade dos clubes, principalmente do rubro-negro, que assina os documentos - neste caso, para ceder o campo para a decisão da Libertadores à Conmebol.
A mudança do estádio da final não está descartada, mas não é a CBF que decide isso. Na Copa Sul-Americana, outra competição organizada pela Conmebol, o Estádio Centenário, no Uruguai, receberia a decisão, que será entre LDU e Fortaleza. Antes da definição dos times, a entidade alterou o local para Punta del Este.
O agravante para uma mudança do local da sede neste ano é o curto prazo para tal. Os ingressos para a torcida do Fluminense e do Boca Juniors já se esgotaram - a torcida argentina planeja realizar uma "invasão" à cidade do Rio - e haveria menos de 20 dias até a partida. No entanto, caso ocorra, esta não seria a primeira ocasião. Em 2019, final entre Flamengo e River Plate, estava inicialmente marcada para ocorrer no estádio Nacional de Santiago, no Chile, mas foi transferida às vésperas para o Peru.
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