Às vésperas do jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil, o Vasco perdeu para o São Paulo por 3 a 0 em partida válida pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira (16). O Cruz-Maltino parecia já estar com a cabeça no jogo decisivo e teve uma atuação muito ruim. Melhor para o Tricolor, que não tinha nada a ver com isso e se aproveitou para vencer pelo placar elástico, no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.
Com a vitória, o São Paulo mantém a quinta posição, mas sobe para 50 pontos, apenas um atrás do Flamengo, primeira equipe do G-4 e que joga nesta quinta-feira (17), contra Fluminense. Zubeldía terá, agora, dez dias até o próximo compromisso, diante do Criciúma, dia 26, no Heribelto Hulse. O Vasco permanece na 10ª colocação, com 37 pontos.
Apesar do apoio da torcida, o São Paulo assistiu ao Vasco ter domínio da bola nos primeiros minutos, com o time de Zubeldía postado do meio para trás. Isso deu sinal de que a partida poderia ser disputada, até porque Rafael Paiva mandou a campo a equipe totalmente titular, apesar da semifinal da Copa do Brasil no sábado, contra o Atlético-MG, em São Januário.
Entretanto, pouco tempo depois, o São Paulo inverteu a chave e subiu a marcação. Foi preciso, porém, apenas uma chegada são-paulina para que Luciano tabelasse com Calleri e finalizasse O goleiro Léo Jardim aceitou e levou um 'frango' por entre as pernas.
O bom relacionamento entre Calleri e Luciano, com o centroavante abrindo espaço entre os zagueiros para o camisa 10, traz novamente o questionamento: "E se Zubeldía tivesse mantido a formação para as decisões contra o Botafogo pela Libertadores?". Não há como saber o possível desfecho.
O Vasco não conseguiu mais impor domínio de posse de bola como fez nos primeiros minutos. Os são-paulinos aproveitaram e, com paciência, armavam suas jogadas. Quando invadir a área não viável, chutes de média distância testavam o goleiro vascaíno.
O meio-campo de Payet e Coutinho tinha os astros isolados. Mais do que isso, os dois eram nulos na marcação, permitindo que até mesmo Ruan e Sabino, zagueiros do São Paulo, conseguissem conduzir a bola à frente.
Na melhor chance vascaína, Paulo Henrique encontrou Coutinho em movimentação diagonal na área do São Paulo. O camisa 11 tira do goleiro Rafael, mas a bola vai para fora, sem que Vegetti ou Rodríguez conseguissem chegar. O Vasco sofria com distância entre suas peças ofensivas.
Apesar da formação são-paulina não apresentar novidades, as peças disponíveis e escolhidas por Zubeldía tornaram o São Paulo mais ofensivo. Erick e Igor Vinícius conferiram mais velocidade em variações pelo lado direito, enquanto pelo meio Marcos Antônio buscou mais infiltrações do que Bobadilla costuma oferecer, lembrando a movimentação de Alisson, que se recupera de cirurgia.
Na retomada do segundo tempo, dizer que o Vasco atacou é muito. O time apenas levou a bola até a área do São Paulo e a perdeu. No contra-ataque, Lucas Moura teve explosão como se estivesse em 2012, deixou Maicon para trás e ampliou o placar, sem chances para Léo Jardim.
A partida ganhou temperatura morna, com o São Paulo administrando ainda mais o jogo. Paiva promoveu trocas, mas essas não foram refletidas em mudanças no campo.
Pelo contrário, foi a alteração de Zubeldía que acelerou o jogo. Wellington Rato entrou e ganhou escanteio para o São Paulo. Ele mesmo cobrou para Lucas Moura cabecear para o fundo do gol.
Ferreirinha ainda teve a oportunidade de voltar após quase dois meses fora de ação. O ponta, que tinha sofrido uma lesão muscular na coxa direita, tem oito gols e três assistências na temporada e foi aplaudido no retorno a campo.
Até mesmo Galoppo ganhou uma oportunidade no Brinco de Ouro. Contratação mais cara do São Paulo (contratado por R$ 32 milhões), o argentino ficou dez meses fora após lesão no joelho, em 2023. Após o retorno, ele chegou até a ficar fora do banco de reservas e não conseguiu sequência de jogos.
Contra o Vasco, o São Paulo misturou ofensividade com serenidade em campo. Sem pressa para empilhar ataques, o time foi letal nas chances que teve. A vitória não coloca a equipe no G-4, mas o recupera após a derrota para o Cuiabá, em uma retomada na briga pela vaga na Libertadores. O "olé" do torcedor ao final do jogo foi o sinal de reconciliação.
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