O mundo do futebol perdeu o seu Rei. Morreu na tarde desta quinta-feira (29), aos 82 anos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. O ex-jogador estava internado desde o dia 29 de novembro, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em tratamento de um câncer no cólon, descoberto no ano passado e que já estava em metástase em outros órgãos.
A morte de Pelé ocorreu às 15h27 desta quinta (29). O velório acontecerá na Vila Belmiro, estádio que foi sua casa durante 18 anos. Ele será enterrado no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, onde o Rei do futebol tinha um espaço reservado desde 2003.
Logo após a morte do ex-jogador, clubes, jogadores e entidades ao redor do planeta divulgaram homenagens e condolências a família de Pelé. O Comitê Olímpico do Brasil utilizou seu site oficial para a divulgação de sua nota de pesar, onde afirmou que ele deixa uma marca sem precedentes na história do esporte brasileiro e mundial, além de destacar os feitos dele com relação aos Jogos Olímpicos.
É com a mais profunda tristeza que o Comitê Olímpico do Brasil externa seu pesar pela morte de Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, aos 82 anos, nesta quinta-feira (29/12), em São Paulo.
Pelé deixa uma marca sem precedentes na história do esporte brasileiro e mundial. As alcunhas de Rei do Futebol e Atleta do Século demonstram um pouco do tamanho dos feitos, que encantaram multidões em todos os continentes e serão eternos.
Nascido em 23 de outubro de 1940, em Três Corações, interior de Minas Gerais, Pelé atuou por quase toda a carreira no Santos. Em quase 20 anos de clube, marcou impressionantes 1091 gols, conquistou duas Libertadores e dois Mundiais, além de inúmeros outros títulos. Antes de se aposentar, transferiu-se para o NY Cosmos, dos Estados Unidos, em 1977.
Pela seleção brasileira, Pelé também tem feitos e números impressionantes. Com apenas 17 anos, brilhou na conquista da Copa de 1958, na Suécia, e encantou o mundo. Quatro anos depois, no Chile, participou da campanha do bicampeonato. E em 1970, no México, foi o grande destaque da seleção que fez história ao vencer o tricampeonato mundial.
Ao todo, Pelé marcou 95 gols com a camisa da seleção, dos quais 77 em partidas consideradas oficiais pela Fifa. Em toda a carreira, foram incríveis 1.282 gols em 1.364 jogos.
Além do sucesso sem precedentes no futebol, Pelé esteve ligado ao esporte olímpico, do qual sempre foi um entusiasta. Em 2016, o Rei do Futebol foi homenageado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) com a comenda da Ordem Olímpica, a mais alta honraria entregue pela entidade.
Naquele mesmo ano, chegou a ser convidado para acender a pira olímpica na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, mas as dificuldades de locomoção o impediram. Mesmo assim, participou do revezamento da tocha, em Santos, sem caminhar com o objeto.
Antes dos Jogos Olímpicos Atenas 2004, Pelé também carregou a chama olímpica no Rio de Janeiro.
Paulo Wanderley, Presidente do COB, lamenta a perda do maior atleta de todos os tempos e um dos principais expoentes da história do Brasil.
"Pelé sempre foi e sempre será um ídolo máximo do esporte brasileiro, uma inspiração para todos os atletas. O legado que ele deixou por todos esses anos transcende gerações e modalidades. Além de ser um gênio com a bola nos pés, Pelé sempre foi um grande entusiasta do esporte olímpico. Temos que agradecê-lo e reverenciá-lo por tudo que ele fez pelo Brasil. É uma perda irreparável", disse.
Pelé deixa seis filhos, a mulher Márcia Aoki e uma lacuna que nunca mais será preenchida. Suas façanhas, porém, serão eternas. Muito obrigado, Rei Pelé!
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