O Corinthians será julgado nesta quinta-feira (21) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a partir das 11h (de Brasília). O clube foi denunciado por causa de gritos homofóbicos vindos de parte de sua torcida e arremesso de objetos ao campo na direção de Reinaldo, durante jogo contra o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro, em 22 de maio, na Neo Química Arena.
O time do Parque São Jorge pode ser multado entre R$100 a R$100 mil e perder pontos na competição.
Na ocasião, as equipes empataram por 1 a 1, com gols de Calleri e Adson. Os episódios foram relatados na súmula do clássico pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio, que também registrou o uso de sinalizadores e a necessidade de parar a partida na reta final do segundo tempo. Historicamente, é recorrente os gritos alvinegros "vai para cima delas, Timão, da bicharada" e "dessas bichas, teremos que ganhar" durante jogos contra o Tricolor paulista.
Ao longo do Majestoso, mensagens de conscientização circularam nos telões e no sistema de som do estádio, mas não surtiram efeito. O clube também fez postagem em rede social, pedindo que ações como essas não acontecessem.
Após o episódio, Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians, lamentou: "A gente é totalmente contrário a este tipo de cântico, da mesma forma que falei do racismo. A gente vem conversando com os torcedores, fazendo campanhas contra a homofobia. [...] "
"O futebol está mudando no próprio jogo, hoje depois dos avisos a torcida mudou o canto. Temos que insistir, vocês [imprensa] são importantes nisso para que a gente acabe com qualquer tipo de discriminação. Estamos em 2022, isso não faz sentido", completou Duilio.
Recentemente, o Cruzeiro foi condenado pelo STJD também por gritos homofóbicos vindos de parte de torcedores presentes na partida contra o Grêmio, pela Série B. O clube foi condenado a pagar R$30 mil e teve a sua solicitação acatada pela procuradoria, que determinou que parte do valor fosse direcionado para associações que atendem ao público LGBTQIA+ e para campanhas de conscientização.
A Raposa também teve que adotar medidas combativas contra a discriminação, dentre elas, optou por conversar com líderes de torcidas organizadas para não incentivarem gritos do gênero, colocar a bandeira do orgulho LGBTQIA+ nos escanteios e passar vídeos de conscientização nos telões do Mineirão.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta