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Daniel Alves é transferido de presídio por motivos de 'segurança e convivência'

Daniel Alves é transferido de presídio por motivos de 'segurança e convivência'

Brasileiro está preso desde a última sexta-feira (20), acusado de abuso sexual contra uma mulher de 23 anos. Crime teria ocorrido em uma boate de Barcelona no último mês de dezembro

Publicado em 23 de janeiro de 2023 às 11:44

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Daniel Alves. Treino da seleção brasileira no estádio Grand Hamad em Doha no Catar
Daniel Alves disputou a Copa do Mundo com a Seleção Brasileira, no Catar. (Vitor Jubini)

Daniel Alves foi transferido, nesta segunda-feira (23), do presídio Brians 1 para o Brians 2, que fica ao lado, para garantir a sua segurança e "convivência normal". O atleta está preso de forma preventiva desde a última sexta-feira (20), acusado de abuso sexual contra uma mulher de 23 anos. A mudança de presídio foi decidida pela Secretaria de Medidas Penais, Reinserção e Atendimento à Vítima.

O presídio Brians 2 (Sant Esteve de Sesrovires) abriga geralmente presos condenados, mas também possui um departamento de prisão provisória. Os módulos prisionais do Brians 2 acomodam em média 80 internos e são menores que os do Brians 1, que recebem por volta de 200, assim permitem melhor segurança e convivência.

Segundo a Secretaria de Medidas Penais, Reinserção e Atendimento à Vítima, o tipo de crime que Daniel Alves é acusado não foi um fator para a transferência de presídio e que o tratamento ao jogador será o mesmo a de outros internos.

O caso Daniel Alves

A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves na sexta. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher no dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito a fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A juíza argumentou na decisão que prender o jogador se justificava pelo risco de fuga, uma vez que o atleta não mora mais na Espanha e tem recursos financeiros para sair do país a qualquer momento. Além disso, o país não tem acordo de extradição com o Brasil.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona. O atleta, que defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria estuprado a mulher dentro do banheiro do local, segundo informações do jornal El Periódico, da Catalunha. Conforme o veículo de comunicação, as câmeras de vigilância do local mostram que o jogador brasileiro esteve por 15 minutos no banheiro com a jovem que o denunciou.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã, que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia. No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou ter tido relações consensuais com a mulher, cujo nome não foi revelado.

De acordo com o jornal El País, a mulher não quer ser indenizada e abriu mão de ser ressarcida financeiramente pelas lesões e também pelos danos morais por entender que o objetivo principal é fazer com que o atleta seja punido pelo ocorrido.

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O Pumas, do México, anunciou ainda na sexta-feira que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube será rompido por justa causa.

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