Bruno Spindel, diretor de futebol do Flamengo, criticou a CBF após a entidade negar o pedido de 12 clubes da Série A para alterar o calendário e paralisar o Brasileiro durante a Copa América. "Não entendemos a postura da CBF em relação ao Campeonato Brasileiro. A forma com que a CBF faz o calendário posiciona o Brasileiro como sendo o produto menos importante de todos", diz Spindel.
O dirigente indicou que a CBF deveria ouvir mais os clubes. Sem a mudança nas datas, o Brasileiro terá desfalques dos jogadores de seleções sul-americanas em nove rodadas. "Acho que deveriam ouvir mais os clubes. Tem um ofício com 12 clubes assinando. Acho que deveria ouvir a vontade da maioria da Série A, mas decidiu proteger a Copa do Brasil. Acho que a CBF é quem tem de se posicionar do motivo desse desprestígio ao Brasileiro", afirma.
A alteração no calendário foi pedida por 12 clubes. Foram eles: Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco, Athletico-PR, Palmeiras, Atlético-MG, São Paulo, Red Bull Bragantino, Criciúma, Internacional e Corinthians. A CBF rejeitou a proposta. A entidade enviou as seguintes respostas:
"Não entendemos a postura da CBF em relação ao Campeonato Brasileiro, de tratar como a competição menos importante. A forma com que a CBF faz o calendário, ela posiciona o Brasileiro como sendo o produto menos importante de todos. Os estaduais, a Libertadores, Recopa, Supercopa, Copa do Brasil... Todos têm seus jogos fora das competições das seleções, e a CBF colocou nove rodadas do Brasileiro dentro da Copa América", disse. "Única competição que é afetada. Competição, acho, mais disputada do mundo e que traz mais recursos financeiros para todas as equipes. Não entendemos muito bem o motivo dessa proteção do calendário à Copa do Brasil e tratar o Brasileiro de forma insignificante", completou.
Spindel criticou ainda o trecho do ofício enviado pela CBF. A entidade apontou que: "Importante ressaltar que, para garantir aos clubes que possam manter um elenco suficiente e sólido para toda a temporada, é assegurado pela CBF a inscrição de até 50 (cinquenta) atletas, podendo substituir até 8 (oito) atletas desta lista". "Na resposta, ela diz que temos de montar elenco. Não entendo porque a CBF tem de se meter na montagem de elenco e opinar sobre isso", salientou.
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