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Estudo sueco afirma que jogadores de futebol têm maior risco de demência

Estudo sueco afirma que jogadores de futebol têm maior risco de demência

O grupo de especialistas indica que o estudo fornece claras evidências da relação entre o esporte e o aumento do risco de problemas cerebrais degenerativos

Publicado em 17 de março de 2023 às 11:05

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Impactos na cabeça podem causar danos cerebrais graves
Impactos na cabeça podem causar danos cerebrais graves. (Vitor Silva / Botafogo)
João Barbosa
Estagiário / [email protected]

Um estudo sueco divulgou na última quinta-feira (16), que jogadores de futebol, com exceção de goleiros, têm um risco maior de desenvolver demência em relação à população em geral.

O grupo de especialistas indica que o estudo fornece claras evidências da relação entre o esporte e o aumento do risco de problemas cerebrais degenerativos. O ponto de partida da pesquisa seria a morte do ex-jogador e campeão mundial com a Inglaterra Nobby Stiles, que faleceu em 2020. Nobby sofria de demência e sua condição teria relação com os impactos sofridos na região da cabeça.

Além do futebol, esportes como rugby, futebol americano e hóquei, onde golpes na cabeça são frequentes, casos de danos cerebrais são registrados constantemente ao redor do mundo.

Um estudo publicado pela revista científica The Lancet Public Health analisou os laudos médicos de mais de 6.000 jogadores de futebol da primeira divisão do Campeonato Sueco entre 1924 e 2019. Os especialistas fizeram uma comparação entre a taxa de pessoas afetadas por problemas cerebrais degenerativos com a de uma amostra de 56.000 suecos.

Os jogadores de futebol tiveram um risco 1,5 vezes maior de sofrer doenças como Alzheimer e outras formas de demência. A exceção ficou apenas entre os goleiros, já que não sofrem tanto com traumas na cabeça quanto os 10 jogadores de linha.

“Essa pesquisa confirma a hipótese de que o jogo de cabeça explica essa relação entre futebol e doenças cerebrais”, disse à Agence France-Presse Peter Ueda, principal autor do estudo.

O levantamento de Ueda em conjunto com o Karolinska Instutet é o maior estudo realizado sobre esse problema desde o que foi realizado na Escócia em 2019, que concluia que jogadores de futebol tinham 3,5 mais probabilidades de sofrer com problemas degenerativos.

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