Dinorah Santana, primeira mulher de Daniel Alves, sua agente e sócia nos negócios e mãe de seus dois filhos, visitou novamente o jogador de 39 anos no centro penitenciário Brians 2, em Barcelona. Ao deixar a cadeia, ela foi questionada por jornalistas sobre as diferentes versões que o jogador, preso preventivamente por suposta agressão sexual contra uma mulher de 23 anos, deu à Justiça.
"Não perguntei a ele sobre as versões porque sabemos que ele é inocente. Não há dúvidas sobre isso. Tanto seus filhos quanto eu acreditamos em sua inocência", disse Dinorah, repetindo o que já havia comentado em visitas passadas.
A ex-mulher de Daniel Alves afirmou que o jogador está "forte" e "aguentando bem" o período de reclusão. Ele está preso num quarto minúsculo desde 20 de janeiro. Dinorah contou que o motivo da visita foi a vida escolar dos seus filhos, revelando ainda que os meninos têm vivido momentos difíceis com a ausência do pai.
"Dani Alves tem família e muitas vezes nem tudo que se fala é verdade. Isso é uma coisa que pesa muito na vida das crianças", afirmou. "Sou mãe, e quando a criança sofre, a mãe sofre também. Sei que tudo vai ficar bem, com certeza", disse Dinorah. O jogador teve um pedido de soltura negado pela Justiça.
Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.
No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou que esteve com a mulher, mas sem ato sexual. Posteriormente, admitiu ter feito sexo, mas alegou que a relação foi consentida. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante.
No dia 14 de fevereiro, o Tribunal de Barcelona rejeitou o pedido de liberdade provisória do jogador, citando risco de fuga ao Brasil por causa de sua capacidade econômica. O Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa.
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