O Fluminense confirmou a vantagem no Grupo D e, no saldo de gols, avançou em primeiro às oitavas de final da Copa Libertadores, na noite desta terça-feira (27). Em jogo tenso contra o Sporting Cristal no Maracanã, os cariocas cederam a igualdade por 1 a 1, levaram alguns sustos, mas seguraram o resultado no fim para chegar aos mesmos 10 pontos do River Plate, que fez 2 a 0 no Strongest, e confirmou a outra vaga. Os peruanos, que necessitavam da virada, estarão nos playoffs da Sul-Americana (dois jogos contra um segundo colocado da competição por vaga nos mata-matas).
Como o River Plate não conseguiu golear os bolivianos em Buenos Aires, o Fluminense se beneficiou da surra por 5 a 1 sobre os argentinos para avançar em primeiro da chave, com saldo 4 contra 0 do oponente. Mesmo assim, viu alguns torcedores vaiarem a apresentação abaixo do esperado.
Na liderança da chave D, o Fluminense entrou em campo necessitando apenas de um empate para se garantir. Mas o triunfo valia também a primeira colocação da chave sem necessitar torcer contra o rival River Plate no outro jogo, diante do Strongest. Decidir em casa é enorme vantagem e o time carioca foi logo atrás deste benefício.
Mesmo com o Maracanã lotado e um enorme apoio, o começo do Fluminense não foi bom. Cometendo alguns erros e sofrendo com a marcação forte e por vezes com excesso de violência dos peruanos, chegar perto do gol não estava fácil. E os rivais, somente com o triunfo valendo, pressionava.
No momento mais difícil, o Fluminense abriu o marcador. Aos 21 minutos, Ganso tocou para Arias cruzar da direita. Cano, fora da área, matou no peito e bateu forte, no canto de Solis. A vantagem durou pouco. Depois de perder a primeira chance, o atacante Brenner não falhou na segunda. O camisa 9 subiu alto na cobrança de escanteio e cabeceou firme. A bola bateu na trave e entrou.
Desta vez o castigado foi quem estava melhor na partida. O Fluminense ainda viu Arias, sem querer, carimbar a trave após desvio de Nino. O time de Fernando Diniz foi para o descanso com o sentimento que ficou devendo futebol. E voltou desatento, quase levando a virada logo aos 2 minutos. Lima salvou após cabeçada de Hohberg.
A torcida aumentou o tom para tentar "acordar o time." Mas os jogadores não conseguiram criar nada. E os peruanos rondavam a área de Fábio. Com a vitória parcial dos argentinos no outro jogo, por 1 a 0, levar a virada significaria cair para o terceiro posto.
O torcedor teve um grande susto com Arias caído, recebendo atendimento na coxa esquerda. A apreensão virou euforia quando a equipe assustou em duas cabeçadas seguidas, com o artilheiro Cano e com o colombiano, totalmente recuperado da pancada, além de bomba de fora da área do argentino. Sob os gritos de "Nense, Nense", finalmente a equipe brasileira chegou na frente.
Para evitar correr riscos desnecessários na reta final da partida, Diniz reforçou a marcação com Martinelli na vaga de Ganso. Ainda investiu em Pirani para tentar algo nos contragolpes. Os minutos finais foram de trocação, com times abertos e correndo perigo. Mas nada de gols, para alívio e festa dos jogadores e também da torcida, que celebrou sem esconder sua decepção com a apresentação. Alguns tricolores chegaram a vaiar a equipe.
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