O Corinthians se sagrou bicampeão da Supercopa Feminina neste domingo (12) após vencer o Flamengo pelo largo placar de 4 a 1. Além de abrir o calendário de competições femininas, a disputa marcou o segundo ano da competição nacional e mostrou a evolução do esporte entre as mulheres.
Em ano de Copa do Mundo Feminina, a Supercopa foi vitrine para atletas de oito equipes brasileiras: Internacional (RS), Athletico Paranense (PR), Real Brasília (DF), Avaí/Kindermann (SC), Corinthians (SP), Atlético Mineiro (MG), Flamengo (RJ) e Ceará (CE).
Apesar de o título ter ficado com o Corinthians, a competição deu oportunidade para equipes que não costumam ter notoriedade nacional. Ao todo foram sete partidas em cinco estádios diferentes, com equipes de quatro regiões brasileiras.
Apenas em seu segundo ano, a Supercopa se torna um expoente do futebol feminino. Durante a final de 2023, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou que, até 2027, os clubes da Série D do Brasileirão deverão ter equipes femininas.
Atualmente, todas as equipes da Série A possuem equipes compostas por mulheres, e os trâmites para a obrigatoriedade nas Séries B e C também já correm nos bastidores da CBF.
Uma pauta sempre levantada em competições femininas é a baixa adesão do público. Nos últimos anos, esse cenário tem mudado e melhorado. Na primeira edição, mais de 46 milhões de pessoas assistiram a Supercopa Feminina pela TV e mais de 50 mil ocuparam as arquibancadas.
Em 2023 o número pode ter sido ainda melhor. Só a final entre Corinthians e Flamengo reuniu 25.779 espectadores, ou seja, metade do número de pessoas que viram toda a disputa do último ano. Já as estatísticas oficiais da TV ainda serão levantadas pela CBF.
Na edição de 2023, a Supercopa Feminina promoveu uma premiação histórica às finalistas. Além de troféus, medalhas e prêmios individuais, a competição pagou R$ 500 mil ao campeão Corinthians, e R$ 300 mil ao vice Flamengo.
Tais premiações servem como incentivo para o desenvolvimento do esporte entre as mulheres e promove mais investimentos internos para que as equipes cresçam ainda mais. “Um dos objetivos da minha gestão à frente da CBF é o de valorizar o futebol feminino e a autossuficiência financeira da modalidade. [...] No ano passado, o Brasileirão Feminino já contou com uma premiação recorde e, neste ano, já iniciamos com a bonificação dos clubes finalistas da Supercopa Feminina", declarou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, por meio do site oficial da entidade.
A expectativa é que as competições femininas se desenvolvam ano após ano, e que a adesão tanto do público quanto de dirigentes favoreça atletas apaixonadas pelo esporte. Em 2022, a CBF investiu cerca de R$ 15 milhões no Brasileirão Feminino e financiou a Supercopa.
Além do investimento para a realização dos campeonatos, a entidade distribuiu R$ 5 milhões entre os 16 times que participaram do Brasileiro. “Queremos que as mulheres joguem cada vez mais. Que sejam cada dia mais protagonistas no futebol. Nos próximos anos, vamos investir na revelação de muitos talentos dentro do campo como também do lado de fora. Queremos descobrir novas treinadores, árbitras, médicas e todas as carreiras do futebol. Lugar de mulher é onde ela quiser”, disse Ednaldo Rodrigues.
Agora, atletas de todo o Brasil voltam suas atenções para o início do Campeonato Brasileiro Feminino, que começa no próximo dia 24 de fevereiro. Já entre julho e agosto, as melhores do país vão representar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo, que acontece na Austrália e na Nova Zelândia.
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