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Lesões, falta de alternativa de jogo, afobação: o que derrubou o Brasil

Lesões, falta de alternativa de jogo, afobação: o que derrubou o Brasil

Seleção Brasileira foi envolvida pelo toque de bola croata; quando se encontrou em campo, não teve calma para aproveitar as chances criadas

Publicado em 9 de dezembro de 2022 às 15:51

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GABRIEL CARNEIRO, PEDRO LOPES, DANILO LAVIERI E RODRIGO MATTOS

SÃO PAULO - O primeiro tempo das quartas de final teve o ritmo que a Croácia sempre sonhou para a partida. A bola girava de pé em pé dos croatas, tornava o andamento mais lento e ainda gerava incômodo sobre a defesa brasileira com a marcação pressão sobre a defesa. Só após o intervalo que o Brasil entrou no jogo: perdeu muitos gols.

Há problemas estruturais que levaram a esse resultado. Primeiro, a defesa brasileira acabou muito mexida durante a partida por conta das questões da lesões. Começaram Militão, Marquinhos, Thiago Silva e Danilo, duas improvisações nas laterais.

Jogadores da Seleção Brasileira choram com eliminação da Copa do Mundo pela Croácia
Jogadores da Seleção Brasileira choram com eliminação da Copa do Mundo pela Croácia. (Vitor Jubini)

Durante o jogo, Marquinhos e Thiago Silva trocaram de lugar após um cartão de Danilo que tinha dificuldades para jogar no setor esquerdo. Mais para o final do jogo, Alex Sandro entrou no lugar de Militão e foi retomada a formação titular. Mas as seguidas mexidas tiveram influência no espaço encontrado pelos croatas para fazer o gol.

Tanto que o gol de empate sai justamente no setor de Danilo quando ele voltou a atuar pela direita.

Aí, neste gol da igualdade, é preciso ressaltar outro problema brasileiro. A falta de alternativa de jogo brasileiro ao sistema montado por Tite. O time joga normalmente para pressionar o adversário, priorizando jogadas pelas duas pontas, com um centroavante rápido em Richarlison.

É verdade que o time foi bem dinâmico na segunda etapa e passou a criar chances. Foram três bolas no pé de Neymar para decidir o jogo. Ali, a afobação parece ter pesado, até um certo nervosismo. Ele Normalmente frio em situações na frente do goleiro, ele perdeu três chances frente a frente com Livankovic.

As conclusões pareciam fracas e, em um lance, fez a opção de jogada errada. Em um dos lances, deixou de dar um passe fácil que deixaria Vinicius Jr na cara do gol. Finalmente, na prorrogação, a jogada de tabela de Neymar, pelo meio e não pela ponta, levou ao gol.

Mas pode se constatar dois problemas:

1) o time tinha dificuldade de jogar com Pedro após a saída de Richarlison. O centroavante só foi testado pouco antes da Copa e teve só 30 minutos no Mundial. Não era o primeiro da fila: Gabriel Jesus, contundido, era o preferido.

2) Com quatro atacantes, o Brasil em geral joga em um sistema para pressionar os rivais na marcação. Isso deu bastante certo quando o time precisava fazer gols. Mas, em vantagem no placar, a Seleção não soube alterar seu estilo. Era preciso controle de bola, e uma postura mais cautelosa.

Pois o gol croata sai em um erro da contra-pressão de marcação brasileira que permite um contra-ataque com quatro contra quase no final do jogo. Petkovic empata o jogo com a defesa aberta. De resto, o Brasil permitiu a Croácia o jogo de paciência para cozinhar até os pênaltis.

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