A Copa do Mundo do Catar começa no próximo domingo (20), e torcedores ao redor do mundo se preparam para vibrar. Cada um com seu estilo, os espectadores reúnem amigos e familiares com camisas, bandeiras, cornetas e outros produtos que remetam à seleção para qual estão torcendo. No caso do Brasil, não podem faltar os acessórios em verde e amarelo.
A tradição, reavivada a cada quatro anos, se mantém firme no Brasil por meio dos torcedores apaixonados, que não dispensam o momento de diversão com tudo o que têm direito. Mas é claro que tudo tem um preço. Fomos às ruas e pesquisamos: quanto custa torcer em uma Copa do Mundo?
De acordo com Gomes, gerente de um comércio atacadista em Vitória, a procura pelos produtos relacionados à Seleção Brasileira está alta. “Em relação a 2014 e 2018, a demanda para a Copa do Catar está maior. Acredito que o torcedor está mais confiante com esse elenco de 2022 e, por isso, já faz alguns meses que estão procurando os produtos para torcer”, conta.
Entre os produtos, bandeiras e camisas são os mais buscados. “As bandeirinhas que o pessoal coloca em carro e nas janelas de casa são as mais procuradas. Aí, depois, vêm camisas, chapéus, pandeiros e coisas que possuam a estampa da Seleção, como taças e copos”, complementa Gomes.
O comerciante afirma que o preço médio dos fornecedores não mudou muito, se comparado aos últimos anos. Considerando os produtos mais procurados pelo torcedor capixaba, como bandeiras, camisas, óculos, copos e taças, é preciso desembolsar, em média, R$ 120,13 para torcer pelo Brasil.
Nas lojas pesquisadas pela reportagem de A Gazeta, os produtos possuem a seguinte média de preço:
Para Maria Paula, auxiliar administrativa que vai se reunir com a família e amigos, os preços estão mais altos. “Na Copa que aconteceu em 2014, me lembro que tudo era mais barato. Essas bandeirinhas de tecido simples não passavam de R$ 3,00. Camisas, mesmo que não sejam originais, a gente compra aquelas mais simples, e hoje em dia o preço é bem maior”, afirma.
Com a pretensão de fazer churrascos em dia de jogos do Brasil na Copa, Maria também mostra indignação com a alta dos preços. “Compreendo que existe a inflação. Passamos por uma pandemia onde tudo mudou de preço ao redor do mundo. Mas acho inviável que o nosso salário não acompanhe a alta dos preços de produtos como esses para a Copa, ou mesmo carne e cervejas, que não podem faltar em uma reunião de amigos” complementou.
Um levantamento da XP Investimentos confirma que os produtos consumidos em período de Copa do Mundo tiveram uma alta de até 100% desde a edição de 2018, realizada na Rússia. Itens como televisores, que têm alta nas vendas no período de eventos esportivos, registraram uma alta de 17% em relação à 2018.
Para os adeptos ao churrasco, a carne está 80% mais cara que nas duas últimas edições do Mundial. Já entre as bebidas, a cerveja teve alta de 18% e itens não alcoólicos, como refrigerantes e sucos industrializados, ultrapassam 24% de aumento.
E se você prefere comprar a camisa oficial lançada pela Seleção Brasileira, terá que desembolsar R$ 349,99 para vestir a peça. Aos adeptos de modelos anteriores, os uniformes podem ser encontrados em menor valor no site e nas lojas da distribuidora de material esportivo da Seleção.
Se além dos produtos para decorar a casa, camisas, e o churrasco, você quiser participar da onda de colecionadores de figurinhas, os preços também podem assustar. O álbum oficial, em sua versão tradicional, subiu 16,5% em relação à última Copa. O pacote com cinco figurinhas custa R$ 4. Então, para completar o álbum, o torcedor precisa de pelo menos R$ 900, considerando o fato que a compra de figurinhas repetidas obriga o torcedor a adquirir mais pacotes.
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