A Copa do Mundo de 2022 está próxima. A ansiedade para acompanhar a maior competição do mundo aumenta a cada dia. Com isso, decidimos fazer uma breve análise de todas as seleções que estarão no Mundial do Catar. Serão 32 capítulos desta série, publicados toda semana até o início da competição, no dia 20 de novembro.
Para que haja um padrão nas análises ao longo da série, definimos alguns tópicos que iremos abordar em cada equipe: escalação e formação, estilo de jogo, campanha até a Copa, principal destaque e melhor campanha em Copas. Hoje, iremos analisar a seleção da Polônia.
Sobre a equipe do treinador Czesław Michniewicz é esperado um comportamento conservador. Na maioria dos jogos, a seleção deve jogar em um sistema 5-3-2, com Kamil Gilk como líder do trio de defesa e variação sem a bola. O intuito dessa formação é aproveitar ao máximo a força física dos jogadores e liberar um atleta do sistema defensivo, quando estiver sem a posse de bola. A conexão para servir o artilheiro Robert Lewandowski passa pelo meia Zielinski, bem como pelo veterano Grzegorz Krychowiak, que pode ser uma base sólida na construção de jogadas.
A formação com três homens na zaga, além de dois laterais, é híbrida, pois permite a Nicola Zalewski executar a função de construtor e a Cash avançar até a linha de fundo. O fraco elo entre os meias e Lewandowski tem justificado o baixo aproveitamento do camisa 9 nas partidas da Polônica. Por isso, Piotr Zielinski e Zalewski aparecem com a missão de articular jogadas para o centroavante.
A seleção se caracteriza pelo jogo agrupado, que valoriza o vigor físico e a vantagem em duelos aéreos. Com enfoque em bolas longas, seja rasteira ou pelo alto, Lewandowski aparece brigando como pivô. Nesse sentido, a Szymanski cabe a tarefa de se antecipar e atacar o espaço. Companheiro de ataque, Karol Swiderski deve ser utilizado entre os 11 para aproveitar a velocidade e habilidade nos duelos "um contra um".
Para chegar ao Catar, a Polônia precisou enfrentar a repescagem europeia. Segunda colocado do Grupo I, atrás somente da Inglaterra, a seleção avançou ao lado de outras 11 em busca das últimas três vagas via Eliminatórias Europeias. O primeiro adversário seria a Rússia, que acabou excluída por decisão da Fifa devido ao conflito na Ucrânia. Em seguida, no jogo final, a Polônia superou a Suécia, por 2 a 0, com gols de Lewandowski e Zielinski.
O principal nome da Polônia é também a esperança de gols da seleção europeia. O centroavante Robert Lewandowski, do Barcelona (Espanha), é o maior artilheiro da história da seleção polonesa, tendo balançado as redes em 76 oportunidades. Aos 34 anos, o jogador encara o que pode ser seu último Mundial. Lewa conquistou duas vezes o prêmio The Best Fifa (2020 e 2021), mas nunca marcou um gol em Copas do Mundo.
Os poloneses sequer passaram da fase de grupos em suas três últimas participações em Copas. O melhor desempenho, por outro lado, se repetiu duas vezes, com a Polônia caindo no Mundial apenas para seleções que viriam a ser campeãs. Em 1974, teve Grzegorz Lato como artilheiro da Copa, mas foi derrotada na semifinal pela anfitriã Alemanha Ocidental, que venceu a Holanda na final por 2 a 1. A equipe polonesa, por sua vez, acabou coroada com o terceiro lugar, ao vencer o Brasil por 1 a 0.
Em 1982, a Polônia perdeu para a Itália, de Paolo Rossi, novamente nas semifinais. Na decisão do terceiro lugar, a equipe formada apenas jogadores que atuavam no país superou a França, de Platini, por 3 a 2. A Azzurra se tornou tricampeã mundial, na ocasião, vencendo a Alemanha por 3 a 1 na semifinal.
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