BARCELONA - A descrição feita pela vítima da tatuagem de uma meia-lua na parte inferior do abdômen de Daniel Alves ajudou a convencer a Justiça espanhola que o jogador ficou sem roupa no banheiro da boate de Barcelona. A informação é do jornal El Mundo, da Espanha.
Em seu depoimento, a vítima chegou a descrever com detalhes a tatuagem, que teria ficado bem visível durante o ato em que ela acusa como estupro. A mulher disse que conseguiu ver a tatuagem quando Daniel Alves tentou forçá-la a fazer sexo oral.
Na primeira versão de seu depoimento, Daniel Alves disse que estava sentado no vaso sanitário, vestido, e que foi abordado pela mulher que invadiu a cabine e sentou em seu colo. A juíza questionou o jogador sobre a tatuagem: como a vítima conseguiu ver a meia-lua se ele não havia se levantado e, portanto, estaria com a tatuagem coberta pela camisa.
Daniel Alves mudou a sua versão e admitiu que se levantou quando a vítima entrou na cabine. A tatuagem — que vai desde o abdômen até a zona genital — acabou sendo decisiva para que o jogador tivesse a prisão preventiva decretada, segundo o jornal.
Daniel Alves foi transferido na manhã desta segunda-feira (23) para a prisão de Brians 2, a poucos metros de Brians 1, onde estava preso de forma provisória desde a sexta-feira (20).
A transferência aconteceu por motivos de segurança: Brians 2 tem cerca de 80 detentos por módulo, contra quase 200 de Brians 1. A ideia das autoridades de Justiça é reduzir o impacto da presença do brasileiro na rotina normal de funcionamento da prisão. Em uma unidade com menos presos, a tarefa fica mais fácil.
O departamento afirma que a transferência não foi decidida para dar privilégios ao jogador, mas a fim de evitar mudanças na rotina dos demais detentos. Na nova prisão, Dani Alves passará novamente pelos procedimentos de triagem, aos quais já foi submetido na sexta-feira (20): fotos, exame médico e impressões digitais.
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