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Tite muda estratégia de 2018 e esconde Brasil para estreia na Copa

Tite muda estratégia de 2018 e esconde Brasil para estreia na Copa

Técnico esconde o jogo nos treinos e não revela escalação para o jogo contra a Sérvia, na quinta-feira (24)

Publicado em 21 de novembro de 2022 às 17:55

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DANILO LAVIERI, GABRIEL CARNEIRO, IGOR SIQUEIRA E PEDRO LOPES

SÃO PAULO - Tite nunca gostou de esconder a escalação de suas equipes e, mesmo na Seleção Brasileira, se acostumou a revelar os 11 que começariam cada jogo. Antes da estreia da última Copa do Mundo, em 2018, o comandante confirmou o time que enfrentaria a Suíça na Rússia. Não só isso: depois ainda confirmou quem começaria nos outros dois duelos da fase de grupos, contra Costa Rica e Sérvia. Nos últimos quatro anos, no entanto, a estratégia mudou.

 O técnico Tite durante treino da Seleção Brasileira
Tite  vai comandar treino secreto da Seleção Brasileira nesta terça (22). (ANDRE PENNER / AP)

Desde a eliminação para a Bélgica, isso mudou. Em jogos que considera muito importantes, Tite passou a divulgar a escalação minutos antes de a bola rolar. A ao menos por enquanto, é essa a opção para a estreia no Mundial de 2022. Nesta terça-feira (22), no penúltimo dia antes da estreia, o treino será 100% fechado para a imprensa. Na quarta (23), véspera do jogo, não há treino. Nesta segunda (21), nos 20 minutos em que a presença de jornalistas foi permitida, nada foi revelado, assim como nos últimos cinco treinamentos.

O jogo contra a Sérvia está marcado para a próxima quinta-feira (24) e é o pontapé inicial da Seleção em Doha. Uma semana de treinos depois entre trabalhos na Itália e no Catar, o técnico ainda não colocou o seu time titular para trabalhar junto na frente da imprensa. No domingo (20), em entrevista coletiva, Alex Sandro disse que nem mesmo os jogadores sabem quem vai começar.

A mudança mais clara de comportamento veio em outubro de 2018, meses depois da queda em Kazan nas quartas da Copa, em um amistoso contra a Argentina, na Arábia Saudita. Ali, Tite admitiu que estava mudando o seu comportamento.

"Eu não me sinto muito confortável. Não é a minha praia (esconder o time), mas em algumas circunstâncias, é importante. Não quero, se não tenho os atletas definidos, dar ao adversário a oportunidade de conhecer a escalação, até neste momento em que não temos esquema definido", explicou naquela ocasião.

De lá para cá, isso se repetiu em alguns momentos chave. Não virou rotina em 100% dos compromissos, mas nos mais importantes, como na estreia daquela que vai ser a sua última Copa à frente do Brasil. Tanto que contra Gana e Tunísia, nos últimos dois amistosos antes da convocação, ele deixou a imprensa ver quem começaria cada jogo e chegou até a confirmar a escalação em coletiva de imprensa.

Durante a semana, ele deu pequenas dicas para quem já acompanha o seu estilo de trabalho, fazendo confrontos de duplas que serão titulares contra reservas. É praticamente certo que a linha defensiva terá Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro, por exemplo. Neymar é figura carimbada, assim como Casemiro.

Uma das grandes questões é como será o time do meio para frente. Afinal, a escalação terá Richarlison como referência com Raphinha e Vini Júnior abertos? Ou o jogador do Real Madrid sai do time para um meio-campo mais forte com a presença de Fred ao lado de Lucas Paquetá? São pouco menos de 72 horas para o treinador trabalhar internamente e tudo indica que a resposta só será dada uma hora antes de o juiz apitar.

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