A fase do Flamengo não é boa. Na noite da última quarta-feira (8), o Rubro-Negro perdeu mais uma partida. Dessa vez contra o Fluminense, por 2 a 1 de virada, resultado que custou o título e a primeira colocação da Taça Guanabara.
A paciência da torcida com o novo treinador se esgotou. Durante a partida contra o Tricolor, Vítor Pereira sacou Arrascaeta e Gabigol do time no segundo tempo, e ouviu gritos de ‘burro’ vindos da arquibancada.
É fato que o desempenho da equipe não é bom, e os resultados refletem isso. Desde o início da temporada, o Flamengo perdeu os quatro títulos que disputou (Supercopa do Brasil, Recopa Sul-americana, Mundial e Taça Guanabara). Além disso, as atuações não estão sendo convincentes.
Já listamos alguns erros da diretoria que culminaram na eliminação precoce da equipe no Mundial de Clubes. Agora, vamos fazer uma análise do início de trabalho de Vítor Pereira, e alguns erros que o treinador cometeu que estão prejudicando o funcionamento da equipe.
Em 2022, o Flamengo foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil com um losango no meio de campo. Isso fez com que a equipe privilegiasse o talento dos jogadores e o jogo por dentro.
O treinador português desfez a formação quando chegou e, apesar de manter as peças, passou a priorizar as jogadas pelas laterais, abusando dos cruzamentos e deixando de lado as associações entre seus melhores jogadores.
Além disso, Vítor Pereira é da escola portuguesa de treinadores. Por isso, preza por uma marcação alta, com bastante pressão na saída de bola do adversário. Esse tipo de marcação exige um certo preparo físico dos jogadores, que não pode ser entregue pelo elenco flamenguista. O time ainda está em pré-temporada e demorou demais para retomar as férias dos atletas, que apresentam um desgaste muito grande nas partidas.
Desde que chegou, Vítor Pereira tem tentado várias formações para encontrar a que se encaixa melhor com o elenco. No entanto, tem mudado muito e tem tido pouco sucesso.
Começou com um 4-4-2, com Gabi e Pedro na frente, esquema esse que deixava muitos espaços nas costas da defesa. Depois, tentou escalar um 4-3-3, com 3 volantes (Vidal, Thiago Maia e Gerson), também sem ter êxito.
Por último, escalou o time em uma espécie de 3-4-3, com Thiago Maia jogando como terceiro zagueiro e os alas na linha de meio de campo. Essa formação foi a que esteve mais perto de dar certo. Mesmo assim, os resultados não refletem a ligeira melhora que veio com a mudança
O Flamengo até tem começado bem as partidas, mas acaba caindo de produção no segundo tempo. Isso tem sido uma constante desde o Mundial de Clubes. Na partida contra o Al-Hilal, o clube carioca sofreu um gol logo no início, mas conseguiu se recuperar, até o pênalti infantil de Gerson, que ocasionou a expulsão do atleta.
É aí que começam os erros de leitura do treinador. Após a expulsão, Vítor Pereira saca Arrascaeta e coloca Pulgar para preencher o meio. Com isso, a equipe ficou muito tempo se defendendo e acabou na roda. As coisas só pioraram com a entrada de Everton Cebolinha no lugar de Everton Ribeiro, única cabeça pensante da equipe no momento.
Contra o Vasco, no último domingo (5), o Flamengo até fez um bom primeiro tempo utilizando o esquema 3-4-3 com Thiago Maia na zaga. Na volta do intervalo, o treinador saca o volante e coloca Everton Cebolinha. O time toma o gol e não consegue criar chances para reverter o placar.
E o caso mais recente foi na partida contra o Fluminense, na última quarta (8). O Rubro-Negro abriu o placar no primeiro tempo e jogou relativamente bem. Porém, foi engolido no segundo tempo após as saídas de Arrascaeta e Gabigol. A virada veio: 2 a 1 para o Tricolor.
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