Na área de design de interiores, sem dúvida, o porcelanato conquistou a posição de um revestimento com uma infinidade de características positivas. Com sua resistência elevada, durabilidade, baixa absorção de umidade e facilidade garantida de limpeza, o material continuou evoluindo ao longo do tempo. Com o avanço da tecnologia na indústria, tornou-se ainda mais leve, com uma diversidade de acabamentos e tamanhos que facilitam as obras e propiciam a realização de ideias inovadoras.
“Foi-se o tempo em que o revestimento era dedicado exclusivamente à instalação em pisos. Além de conquistar pisos e paredes, a versatilidade do porcelanato nos abre a oportunidade de colocar em prática ideias incríveis e supereficientes”, atesta o arquiteto Bruno Moraes, à frente do escritório BMA Studio.
A seguir, confira as recomendações do arquiteto para o uso do porcelanato:
De antemão, o arquiteto explica que verificar as informações básicas do material é primordial para a adequação nos ambientes . O fabricante sempre informa se o revestimento em questão é indicado para áreas internas ou externas, além de pontuar se é retificado ou com a borda boleada, pois esses fatores registram interferência direta na espessura do rejunte. “Junto a esses referenciais, nossa equipe do escritório ainda avalia outros coeficientes como a metragem correta do revestimento, em função da área onde será colocado, bem como as condições da superfície”, detalha.
Para a instalação, o primeiro passo é verificar se o local exibe uma superfície bem fixada e regular. “Comumente em grandes formatos, os porcelanatos necessitam de argamassa no contrapiso, parede ou quando adicionados em outra peça. Chamamos esse processo de dupla colagem”, relata. Durante a aplicação, o melhor procedimento é utilizar as ventosas, deslizando a peça com a ferramenta para deixar a argamassa aplicada no piso.
“Já foi comprovado esse tipo de teste, mas o que vemos na construção são os profissionais que ainda insistem em instalar grandes formatos com o procedimento do ‘martelinho’. A questão é que antigamente não tínhamos peças com formatos e tamanhos como temos hoje. Portanto, o método de instalação deve ser atualizado também”, recomenda.
Para o arquiteto, o porcelanato conquistou sua posição conceituada nos projetos devido à sua grande lista de atributos. Juntamente às vantagens já relacionadas por ele – incluindo sua baixa porosidade, quando comparada às de revestimentos cerâmicos, por exemplo –, a capacidade de entregar a estética de outros materiais abriu frente para a implementação de concepções inovadoras.
“No caso dos mármores, por exemplo, a reprodução de pedras renomadas no exterior pode marcar presença no revestimento de ilhas de cozinhas . […] Ao olhar, ninguém diz que aquela beleza não é de um mármore, e a performance do porcelanato é realmente incrível e para vida toda”, avalia Bruno Moraes.
Segundo Bruno Moraes, a revolução da indústria cerâmica que produz os grandes formatos abre frente para a realização de movelaria. “Em uma porta mimetizada de madeira, a instalação de dimensões grandes, como vimos atualmente na Revestir, permite-nos utilizar um porcelanato e ninguém vai dizer o contrário, por conta da reprodução tão fidedigna do material natural”, afirma.
A olho nu, muitos ainda podem confundir as tipologias de revestimentos cerâmicos. Conforme determina o arquiteto Bruno Moraes, aqueles de base avermelhada, que seguem vigentes no mercado, são mais maleáveis e menos resistentes, contribuindo para uma baixa longevidade, visto que quaisquer movimentos podem danificar ou mesmo quebrar a peça.
O mesmo não ocorre com os porcelanatos , que, por conta das matérias-primas utilizadas e as altas temperaturas para a queima a que são submetidos, apresentam uma porosidade baixíssima, quase mínima. “Ele é tão mais robusto, tanto é que pode ser adotado em bancadas e fachadas ventiladas”, discorre.
Existem diversos fatores que influenciam a vida útil do porcelanato: instalação correta, uso e hábitos ligados à limpeza e manutenção. “De qualquer forma, podemos afirmar que o porcelanato é um dos revestimentos mais resistentes na construção civil”, enfatiza o arquiteto.
O arquiteto Bruno Moraes ressalta que, frequentemente, é necessária a limpeza com pano úmido ou lavagem com sabão neutro para uma boa manutenção. “Para remover resíduos de resto de obra, produtos vendidos em lojas de materiais de construção simplificam a remoção de argamassas e rejuntes”, orienta. Deve-se evitar usar produtos abrasivos ou ácidos, assim como fazer a aplicação de resina para dar brilho, pois a prática pode manchar permanentemente o porcelanato.
Por Emilie Guimarães
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