Facilidade de locomoção, por estarem localizados em regiões bem centralizadas das cidades, ideais para moradores solteiros ou jovens casais, pensados para o dia a dia e uma possibilidade mais viável quando o sonho é adquirir o imóvel próprio. Esses são alguns dos tantos atributos que fazem dos apartamentos pequenos uma grande tendência no mercado imobiliário brasileiro.
Veja dicas para otimizar o espaço em apartamentos pequenos!
Organização e aproveitamento dos espaços são primordiais em todos os perfis de imóveis. Entretanto, quando se trata de espaços reduzidos, o mau aproveitamento dos ambientes pode fazer muita falta e deixar a vida dos moradores desconfortável.
Por isso, o planejamento, com o suporte de um profissional de arquitetura, é um grande aliado em prol de uma vida prática e gostosa, sem a sensação de estar sempre em uma condição de lugares apertados e limitantes.
Segundo a dupla de arquitetas Eduarda Negretti e Nathalia Lena, o estudo bem-equacionado da arquitetura de interiores é capaz de prover espaços muito mais adequados.
“Quando o espaço é restrito e, nele, acontecem muitas tarefas diferentes, como o morar, o sociabilizar e o trabalhar, é interessante que haja uma setorização das atividades. Isso dá a impressão de distribuição, principalmente em espaços pequenos e integrados. E essa divisão não precisa ser, necessariamente, por meio de paredes ou divisórias. É possível consegui-la por meio de cores, que podem delimitar a funcionalidade de cada cômodo”, explica Nathalia.
Todo espaço de armazenamento é precioso. Segundo Eduarda, em um quarto de casal, o baú da cama box é uma área valiosa para guardar itens que não são utilizados com frequência, e a marcenaria é um recurso que não se pode abdicar, justamente para “desenhar” o projeto e prover locais para armazenamento – tanto de roupas quanto de itens pessoais.
Em um dormitório para crianças, o layout pode acomodar um beliche com bicama pronta para ser acionada em ocasiões quando os pequenos recebem seus amigos em casa. “Acreditamos, sim, que é possível desfrutar da casa pequena sem a frustração de não poder realizar desejos ou prazeres”, enfatiza a profissional.
Em apartamentos com metragem restrita, investir em um projeto de marcenaria personalizado, na maioria das vezes, é a solução. “As salas de jantar, TV e living , juntamente à cozinha e ao terraço, são o espaço social da casa, e a integração vale muito a pena! Então, se pensarmos em um projeto de rack para apoio da TV no dia a dia, mas que, em uma ocasião social, ele possa se transformar em um banco, isso otimiza o espaço disponível”, pontua Nathalia.
A mesa de jantar redonda também se configura como uma opção interessante. Isso porque funciona muito bem com quatro cadeiras, podendo comportar até seis pessoas com a inclusão de banquetas dobráveis que ficam guardadas (ou penduradas na parede, como alguns modelos permitem) quando não estão em uso, não ocupando espaço de circulação.
As arquitetas Eduarda e Nathalia relatam que apartamentos menores com sala integrada e cozinha americana reúnem um conceito propício para não incluir uma mesa de jantar.
“Usar o balcão ou criar um outro nível nele com altura padrão de 75 cm pode ser uma maneira criativa para formar um local conveniente para as refeições, mesmo sem a mesa em si. Assim, eliminamos um móvel que ocuparia uma área significativa no cômodo”, sugere Nathalia.
O ideal é que o fluxo de passagem não seja bloqueado. Quanto menos objetos no chão, maior será a sensação de amplitude e continuidade do espaço . “Ao invés de posicionar uma luminária de piso, uma arandela presa na parede fará o mesmo efeito luminoso e trará uma sensação mais harmônica”, exemplifica Eduarda.
Ambientes pequenos não combinam com móveis robustos. Para uma sala pequena, o modelo de sofá que mais se adequa é aquele que não tenha braços. “E se os tiver, a recomendação é que sejam estreitos e que o encosto da peça não seja muito alto”, determina Nathalia.
O uso de prateleiras (não tão profundas) na altura das portas e instaladas no perímetro dos cômodos otimiza o armazenamento e agrega uma atmosfera agradável.
Escolher uma paleta neutra e leve para ser predominante nos ambientes pequenos favorece a sensação de abrangência. E isso não significa que o décor será sem graça! “Muito pelo contrário! Com a imaginação e algumas referências, podemos elaborar elementos legais na parede empregando apenas tinta colorida”, sugere Eduarda.
Seu uso em ambientes com metragens limitadas já é um bom e velho conhecido no décor de interiores. “Uma dica valiosa aqui: se a intenção for instalar em algum ponto que venha a refletir a mesa de jantar, sempre vale certificar-se que a altura será pareada com a mesa ou dos assentos da cadeira. Esse cuidado se justifica, pois, se o espelho seguir até o chão, refletirá os pés da cadeira, provocando uma poluição visual, e o efeito contrário ao esperado”, comenta Nathalia.
Muito comum no exterior, esse modelo de cama pode ser a solução para apartamentos estúdios, visto que o móvel pode ser aberto ou recolhido, mudando, assim, a função que o ambiente proporciona.
Por Marcela Millan
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta