Em um mundo cheio de informação, ficar atento às diferentes demandas do mercado é fundamental para manter o trabalho atualizado. No universo do décor, por exemplo, as novidades que surgem com a renovação das tendências ajudam a ampliar o campo de referências ao produzir algum projeto de acordo com os gostos do cliente. Mas, e se essas inspirações estiverem, na realidade, presentes no passado?
O jornalista e crítico de design Marcelo Lima, palestrou em um encontro especial na CasaCor ES e discutiu a “Temporada Europeia: Tendências das Feiras pelo Mundo em 2023”. Além de apresentar os movimentos em ascensão nas feiras de Milão, Paris e Londres, deste ano, o especialista ainda reforçou a importância de discutir a sustentabilidade em projetos de decoração.
“Identifico alguns movimentos e ondas no qual você percebe que esses criadores internacionais estão navegando. Mas não é apenas uma questão de ‘isso está se usando na Europa’, é sobre ter informações para usar no seu trabalho e ampliar a sua visão das coisas”, pontua Marcelo Lima.
Essas demandas, inclusive, têm se baseado em referências do passado. A memória afetiva, por exemplo, é um movimento bem expressivo do mercado nos últimos meses com a recuperação de objetos antigos que possuam significado dentro dos espaços da casa.
Isso, aliás, ajuda a agregar personalidade ao ambiente e fugir um pouco da impessoalidade. Mas, de acordo com Marcelo Lima, mais do que se atentar à afetividade, o retorno ao passado também tem se manifestado com a revisitação de projetos de construção antigos e que, hoje, podem ser ressignificados.
Marcelo Lima chama atenção, portanto, para esse movimento de renovação de tendências e movimentos de design em “um mundo que não pode mais consumir recursos naturais, senão vamos acabar com o planeta.”
A partir disso é que materiais como cerâmica, vidro e metal tem ganhado destaque, principalmente, pelo caráter reciclável.
“A cerâmica está sendo totalmente reavivada e presente em muitos objetos, não só na construção. Porque ela é, fundamentalmente, um material sustentável. Ninguém fala mais de plástico. Estamos discutindo metal, cerâmica e vidro que são matérias primas recicláveis”, finaliza.
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