Toda casa conta uma história. Seja por meio da decoração afetiva herdada ao longo de gerações, seja por meio das cores que representam diferentes significados em cada ambiente. São nesses espaços que cada um encontra conforto depois de um longo dia de trabalho ou reúne amigos e familiares para criar novas histórias.
Por isso, é preciso que a casa dialogue pessoalmente com os moradores e traduza a personalidade de quem vive ali, com o objetivo de fortalecer ainda mais o aconchego. A importância desses temas é tamanha, que viraram rodas de debate de duas palestras na maior feira de casa e decoração da América Latina, a ABCasa Fair, realizada em São Paulo, de 7 a 11 de fevereiro.
A designer de interiores Karina Vargas e a jornalista Chris Campos deram dicas de como contar boas histórias em casa com objetos, cores e criatividade, além de destacar a importância de acumular conhecimentos gerais na hora de montar um ambiente.
“Nossas referências são pontos para pequenas revoluções domésticas. Tudo precisa fazer sentido para o tipo de vida que cada um leva”, afirmou Chris Campos.
Afinal, a intenção final da casa é o ponto-chave para remodelar ou construir qualquer ambiente. O primeiro passo em toda reforma é se perguntar qual o objetivo daquele espaço e, por fim, entender quais as principais necessidades de quem vai viver naquele espaço. Só assim é possível unir a beleza à funcionalidade e ter o resultado ideal.
“Se a sua vida está uma bagunça e o armário também, então arrume ele e você já vai sentir um efeito. Porque nessa organização sempre começamos pelo básico. Todo mundo conta uma história por meio da decoração”, pontua Karina Vargas.
Engana-se quem pensa que as histórias contadas ficam apenas nos elementos de interiores. Muito pelo contrário, as cores também são capazes de ditar as energias de um cômodo e otimizar a produção ou até reduzir os ânimos dos moradores.
Poderosas, as tonalidades escolhidas, segundo o consultor de cores e pesquisador de tendências da Suvinil Michell Lott, refletem a nossa história como humanidade, mas também contam uma história individual.
“A pergunta que devemos nos fazer hoje é ‘como eu estou me sentindo?’ Vivemos hoje em um mundo que está passando por crises por todos os ângulos e esses momentos de fadiga emocional podem ser contornados pelas cores que escolhemos”, reforça.
No evento, Michell Lott aproveitou para apresentar as tonalidades escolhidas para o ano de 2023 pela Suvinil. A principal é a calcita alaranjada, feita com pigmentação 100% mineral. As outras palestras apontadas como tendências refletem um momento de re-experimentação do mundo e levam os nomes de: A Exausta, A Otimista, A Empolgada, A Conectada e A Cibernética.
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