O uso de pedras naturais em design de interiores é cada vez mais recorrente. Materiais como quartzito, mármore e granito estão entre os mais utilizados nos mobiliários, como em bancadas, mesas e até nas escadas. Essa foi uma das tendências apontadas por arquitetos e designers que estiveram na 62ª edição do Salão do Móvel, em Milão, um dos mais importantes eventos da área do mundo.
As pedras se destacaram principalmente nos detalhes e acabamentos. Empresas, designers e arquitetos do mundo todo estiveram presentes na feira com o que há de mais moderno em móveis e design. O evento aconteceu entre os dias 16 e 21 de abril, durante a semana de design de Milão.
Conheça as principais tendências da exposição:
As pedras naturais fizeram parte dos materiais que mais apareceram na feira. Dos acabamentos de torneiras ou penduradores de toalha, até nas mesas de centro, bancadas ou cubas, as pedras se destacaram.
Para a arquiteta e urbanista capixaba Natalia Scarpati, que participou da semana de design de Milão, as cores das pedras também estão mais vivas e com mais referências à natureza.
“As pedras estão bem mais evidentes que em outros anos. Além disso, elas não estão mais neutras e brancas, mas mais marcadas, com mais texturas e brilho, como se tivesse acabado de sair da natureza mesmo", afirma.
A arquiteta, especialista em produtos de mobiliário, apresentou sua luminária no evento. A peça, chamada de Narciso, foi esculpida com a pedra natural Vitória Régia e apresentada na exposição "Coccoloba gigantifolia".
Para o arquiteto e membro da diretoria do Instituto de Arquitetos do Brasil/ES Lucas Serrão, que participou do evento pela primeira vez, o buclê foi um dos destaques. O buclê é um tecido com textura felpuda e ondulações que criam uma aparência irregular, dando a sensação de ser uma material mais cru, podendo ser de lã, algodão, seda e até mesmo tecidos sintéticos.
Apesar de aparecer nas edições passadas do Salão do Móvel, o uso do buclê ainda se destaca pelas cores mais claras.
“Uma das coisas que eu mais percebi foi o uso do buclê. Ele continua muito presente, mas em outras tonalidades, como o lavanda, um amarelo mais claro, sem ser aquela cor muito viva”, pontua.
De modo geral, ficou evidente uma mudança nas cores em comparação com os anos anteriores. Para os arquitetos e urbanistas Daniela Caser e Lucas Serrão, os mobiliários apareceram em tons mais suaves, como o lavanda e o amarelo. O verde chegou mais amarelado, já o marrom ficou mais claro.
Porém, segundo a arquiteta e urbanista Natália Scarpati, cores como vinho, tons mais escuros de verde e bordô também tiveram o seu lugar. A feira abraçou uma variedade de cores e tons, dificultando a escolha de uma única como tendência.
Nos banheiros, também pode-se observar mudanças nas cores para cubas e torneiras. Lucas Serrão ressalta novas alternativas de cores, saindo dos metalizados e abrangendo pinturas em tons mais sólidos e diversos.
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