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Saiba quais são os 10 erros mais comuns em apartamentos pequenos

Saiba quais são os 10 erros mais comuns em apartamentos pequenos

Fazer às pressas, escolher móveis grandes demais e acumular objetos são os deslizes mais encontrados por arquitetos em ambientes reduzidos; profissionais dão dicas para aproveitar melhor cada centímetro da sua casa

Publicado em 20 de abril de 2023 às 11:42

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Aproveitar cada centímetro do ambiente e não deixa-lo muito cheio são as dicas de ouro dadas pelas arquitetas
Aproveitar cada centímetro do ambiente e não deixa-lo muito cheio são as dicas de ouro dadas pelos profissionais. (Shutterstock)

Entrega de apartamentos com metragem reduzida já é, há anos, uma realidade nos centros urbanos brasileiros. Por serem mais compactos, a hora de planejar os ambientes demanda atenção redobrada para criar uma sensação de amplitude e evitar a impressão de sufocamento. Por isso, consultamos profissionais da Arquitetura para darmos algumas dicas para você investir em cada centímetro do seu lar — literalmente.

Especialistas em conceber, em uma planta menor, uma estrutura semelhante àquela existente em um apartamento mais amplo, esses profissionais precisam respeitar também o estilo do morador e as exigências que o imóvel precisa atender aos anseios do morador. E, para a arquiteta Júlia Guadix, à frente do Studio Guadix, este é o maior desafio na profissão: “Essa relação nos dá base para executar o projeto, tornando-o sob medida e com tudo que ele precisa”, afirma.

Já na avaliação de Gilliane Bravim, arquiteta que atua no ES, a tendência de as construtoras projetarem apartamentos pequenos, independentemente da localização ou para qual classe social, promete continuar. “Isso é o que torna o nosso trabalho ainda mais desafiador: planejar um espaço reduzido, porém sem sufocar a pessoa e, ao mesmo tempo, torná-lo aconchegante”, concorda.

Preparamos uma lista para você saber quais são os dez erros mais comuns cometidos em imóveis pequenos.

  • Projetos de espaços da casa projetados pela arquiteta Gilliane Bravim

    01

    Não ter planejamento

    Em um imóvel pequeno, o olhar apurado e experiente do arquiteto garante que cada centímetro seja aproveitado. Isso porque, um estudo detalhado pode dar um resultado mais funcional e convidativo a sua casa, evitando dores de cabeça futuras. “Muitas pessoas acham que a contratação de um arquiteto só é necessária em empreendimentos de luxo, mas isso já é um pensamento ultrapassado. A Arquitetura está cada vez mais acessível, assim como o mercado está oferecendo mais opções de consultores que atendem a diversos tipos de demandas e orçamentos”, defende a arquiteta Gilliane Bravim, responsável pelo projeto da empresa Quality Planejados Italínea acima.

  •  Projeto: Studio Guadix

    02

    Economizar na marcenaria planejada

    Embora as peças de marcenaria de pronta-entrega costumam ser mais baratas, nada se compara ao resultado final que os móveis planejados proporcionam, como pode ser visto no projeto acima, do Studio Guadix. Eles se adaptam melhor a qualquer ambiente, expressam uma identidade própria e são mais flexíveis de exercerem mais de uma função. Alguns exemplos são a instalação de armários do quarto ou da cozinha até o teto e o posicionamento da sapateira atrás da porta quando houver espaço.

  •  Projeto: Studio Guadix

    03

    Muitas paredes

    A integração dos ambientes é uma excelente solução para ampliar o seu espaço, desde que as adaptações funcionem no dia a dia dos moradores. A sala de jantar e a cozinha, por exemplo, podem estar conectadas, facilitando, inclusive, as refeições, como arquiteta Júlia Guadix fez no projeto acima. Além de derrubar as paredes — após avaliar com calma o projeto estrutural da planta —, usar o mesmo piso é um recurso que ajuda nessa conexão.

  •  Projeto: Studio Guadix

    04

    Não priorizar a circulação

    Para evitar espaços com aspecto amontoado, fuja de móveis e objetos desproporcionais em relação ao tamanho do lugar, e explore as quinas, os cantos e até mesmo os locais altos. Mas, atenção: cuidado para não ficar demais e exagerar na quantidade de mobiliário. Um bom exemplo de como a circulação  foi colocada em primeiro lugar é o projeto da imagem acima, feito pelo Studio Guadix.

  •  Projeto: Studio Guadix

    05

    Escolher móveis muito altos

    Proporcionar uma linha de visão mais livre auxilia na percepção de amplitude. Dessa forma, a arquiteta Júlia Guadix recomenda deixar o espaço entre 50 e 60 cm, até 2 m, com o mínimo de ocupação possível. Além disso, o mobiliário não deve ser posicionado na frente das janelas, visto que isso impede a entrada de luz natural e a circulação de ar. No projeto de Júlia Guadix, o sofá se encaixou perfeitamente abaixo da janela, possibilitando a livre circulação da luz natural e da ventilação.

  • Projetos de espaços da casa projetados pela arquiteta Gilliane Bravim

    06

    Acumular coisas

    Ambientes desorganizados e lotados de itens atrapalham o bem-estar do smoradores. Por isso, escolha somente o essencial para guardar e evite acumular coisas que ocuparão espaços preciosos ou que impedem a sensação de "respiro" do local. O ideal é apostar no minimalismo, como a arquiteta Gilliane fez acima com a Quality Planejados Italínea.

  •  Projeto: Studio Guadix

    07

    Exagerar nos tons escuros

    Aplicar cores escuras não é um erro, mas a chave é a moderação. A paleta majoritariamente carregada ou intensa implica em uma diminuição visual. Mescle o preto e as cores mais vibrantes com um conjunto de tons mais neutros, como foi feito no projeto de Júlia Guadix. Isso vai proporcionar um contraste interessante e visualmente leve.

  •  Projeto: Studio Guadix

    08

    Revestimentos sem textura

    Tijolinhos (como na sala projetada por Júlia Guadix acima), cimento queimado, concreto aparente, madeira ou qualquer revestimento que tenha uma variação de tonalidade e textura produzem maior profundidade visual se comparados ao efeito de plano chapado, em especial se produzirem linhas paralelas.

  • Projeto do Studio Guadix

    09

    Cortina e tapete em tamanhos errados

    Independentemente do local, o ideal é que as cortinas sejam instaladas do teto até o chão, não apenas cobrindo as janelas. Já o tapete muito pequeno também pode dar a impressão de diminuir o ambiente. “Por isso, é adequado eleger os modelos maiores que entram embaixo do sofá, das cadeiras ou praticamente encostados na parede”, aponta Júlia.

  •  Projeto: Studio Guadix

    10

    Iluminação apenas no centro do ambiente

    Colocar um ponto de luz forte somente no centro do ambiente pode provocar o efeito de penumbra nas paredes, resultando em uma sensação de fechamento. A dica é distribuir essa iluminação pelas superfícies por meio da instalação de arandelas, abajures ou spots direcionáveis e, em especial, investir em luz natural, como foi a aposta do projeto do Studio Guadix.

Outros cuidados

“Faça uma lista do que não pode faltar em cada cômodo e as respectivas medidas", é o que recomenda Gilliane. De acordo com a arquiteta, existe uma diferença entre o que você quer e o que é realmente necessário armazenar na sua casa. "Isso vai lhe ajudar a selecionar o que é mais importante guardar e o que você pode abrir mão para deixar o ambiente mais leve”, sinaliza.

Outro ponto que não pode esquecer é a leitura atenta do manual do proprietário quando você compra um imóvel. “Analise os projetos estruturais, elétricos e hidráulicos para garantir que a reforma não cause problemas graves na planta, em especial se estiver pensando em demolir paredes”, finaliza.

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