No universo da arquitetura e decoração, as pedras naturais estão ganhando cada vez mais destaque, proporcionando ambientes sofisticados e duráveis. Com um histórico que remonta tempos ancestrais, seu uso variado evoluiu para atender às novas tendências contemporâneas.
Ieda e Carina Korman, do escritório Korman Arquitetos, destacam que o uso de pedras representa uma escolha atemporal e impactante, valorizando fachadas, calçadas, paredes, móveis e projetos paisagísticos. Essa tradição milenar continua a ser uma tendência, incorporando-se de maneira elegante e versátil aos projetos arquitetônicos modernos.
“Essa aplicação na decoração vai muito além da estética, representa uma escolha consciente de materiais resistentes e elegantes. As pedras naturais possuem uma variedade de padrões, texturas e cores que permite a personalização de cada projeto e ainda representa uma prática sustentável”, ressalta a dupla da Korman Arquitetos.
Historicamente, o uso de pedra natural nas construções está ligado a civilizações antigas em que foram utilizadas em monumentos grandiosos e reconhecidos, atualmente, como patrimônios da humanidade. Ainda no Egito Antigo, os egípcios utilizaram calcário e granito para construir as pirâmides de Gizé e a Esfinge.
Na Roma Antiga, os romanos exploraram amplamente o mármore e o granito em locais como o Coliseu e o Panteão. Durante a Idade Média, as catedrais góticas foram construídas com o uso predominante de pedras, como o calcário e o arenito. Mais tarde, na Revolução Industrial, a exploração de pedreiras aumentou, permitindo uma produção em maior escala e uma diversificação de pedras utilizadas na arquitetura e decoração.
Ao longo da história, diferentes culturas atribuíram significados simbólicos às pedras naturais; por exemplo, o mármore era associado à divindade e à imortalidade, enquanto o granito representava estabilidade e força.
“Esse uso ancestral estabeleceu as pedras naturais como símbolos de prestígio e resistência, características que ressoam até os dias de hoje. Sua beleza atemporal conquistou arquitetos ao longo dos séculos e criaram as tendências que conhecemos hoje”, diz Ieda Korman.
No cenário atual, as pedras naturais ressurgiram como uma escolha popular para projetos arquitetônicos e de decoração. Carina Korman relata o uso das variedades do elemento em seus projetos, como mármore, granito, ardósia, quartzito e travertino. Além disso, muitos profissionais ainda têm buscado pela vantagem sustentável, pois são recursos renováveis e recicláveis.
Além das vantagens de estética atemporal e durabilidade, as pedras naturais são reconhecidas pelo potencial impactante no décor e na arquitetura. Isso porque, segundo as arquitetas da Korman, as pedras se apresentam como materiais altamente sustentáveis, já que são extraídas da natureza e possibilitam a conexão com esta, criando ambientes mais acolhedores e harmoniosos.
“Fora a capacidade de aumentar o valor agregado onde se é aplicada, as pedras naturais podem adicionar um valor significativo a uma propriedade e por isso ela pode se destacar no mercado imobiliário. No décor , muitas esculturas de pedras naturais são marcadas pela imponência e o valor da arte, são uma ótima opção para uma decoração mais personalizada”, conta a dupla.
A utilização de pedras naturais na decoração e arquitetura possui bastante versatilidade de uso, podendo revestir pisos e paredes, além de servir em detalhes decorativos, como escadas, lareiras, painéis e esculturas, conferindo uma sensação de luxo e exclusividade. Dentre as pedras mais utilizadas, as profissionais da Korman Arquitetos listam as principais:
Com veias distintas e variedade de cores, o mármore é um clássico na decoração, oferecendo uma estética luxuosa e atemporal.
Reconhecido pela durabilidade e pela diversidade de padrões, o granito é frequentemente utilizado em bancadas de cozinha, pisos e revestimentos.
Uma opção mais resistente, o quartzito apresenta uma gama de cores e texturas, sendo ideal para áreas de alto tráfego.
Pedra calcária conhecida pelas tonalidades quentes e texturas únicas. Muito utilizada em revestimentos de bancadas, o travertino confere uma sensação de rusticidade.
Esta oferece uma aparência distintamente folheada e textura única. Comum em revestimentos de paredes, pisos e até mesmo em tampos de mesa.
Reconhecido por sua cor escura e textura densa. Amplamente utilizado em revestimentos de pisos , paredes e até mesmo em esculturas, o basalto confere uma sensação contemporânea e sólida.
Rocha sedimentar que traz uma aparência mais natural. O calcário é aplicado em pisos, revestimentos e até mesmo em elementos esculpidos.
Muitas vezes utilizada para criar efeitos luminosos em revestimentos de paredes e objetos de decoração, está associada às suas variações de cores e veias.
Muitas vezes utilizada para criar efeitos luminosos em revestimentos de paredes e objetos de decoração, está associada às suas variações de cores e veias.
A instalação adequada de pedras naturais é crucial para garantir não apenas uma estética atraente, mas também a durabilidade e a integridade do material ao longo do tempo. Por isso, Carina Korman ressalta a atenção na preparação da superfície, que deve ser precisamente nivelada e impermeabilizada para evitar problemas a longo prazo. Ainda durante o processo, a escolha dos adesivos adequados e da argamassa apropriada deve garantir firmeza ao projeto.
Para os cuidados posteriores à instalação, Ieda completa que a manutenção se torna essencial para preservar a integridade das pedras ao longo do tempo. “Indicamos uma limpeza básica e frequente com detergente neutro e água morna, evitando produtos ácidos e abrasivos; então nada de esponjas de aço ou químicos agressivos para não riscar ou corroer a superfície. É válido considerar que cada fabricante possui especificações para a peça e vende os produtos recomendáveis para a limpeza correta”, aconselha a profissional.
Outras dicas que o escritório Korman Arquitetos sugere, são:
Seguindo a cartilha de uma boa instalação e manutenção frequente, as pedras naturais vão manter a mesma beleza e funcionalidade no decorrer dos anos.
Por Emilie Guimarães
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