Um clássico da casa da vovó, com vocês: o revestimento de caquinho. Versátil, charmoso, rústico e autêntico, este ícone da decoração dos anos 1940 e 1950 está de volta. Profissionais explicam como você pode explorar esse recurso de forma criativa para criar padrões diferenciados em paredes e pisos do seu lar.
A técnica de revestimento caquinho, também conhecido como cacão ou maxi-cacos, é um estilo conceitual, inspirada da estética italiana do século XV, que se popularizou na arquitetura brasileira em meados do século passado.
É um revestimento cuja principal característica é o mosaico composto a partir de fragmentos de azulejos, cerâmicas, granitos ou mármores dispostos de forma aleatória. No entanto, a imaginação pode ir além. Além dos caquinhos, outros elementos mais e outros menos rústicos podem ser aproveitados, como pedras como a São Tomé e a Carijó.
Além disso, essa aplicação pode estar presente em pisos ou paredes de áreas residenciais, comerciais, escritórios ou espaços públicos.
O diretor da Composé, Carlos Marianelli, garante que o revestimento promete continuar relevante nos portfólios da maioria das marcas de pisos e azulejos. “Trata-se de uma aposta segura para quem deseja dar um upgrade no décor com referências de décadas passadas”, aponta.
Com ampla versatilidade de texturas e de formatos irregulares disponíveis, o revestimento caquinho provoca um efeito visual interessante e único, além de ser uma das tendências de resgate histórico na decoração. “Isso porque este revestimento proporciona um aspecto afetivo e artesanal único, conferindo originalidade aos espaços”, analisa.
A arquiteta Renata Modenesi concorda e defende que esse mosaico diferenciado ainda é um aspecto que promove a sustentabilidade na obra. “Imagine a quantidade de materiais desperdiçados todos os dias na construção civil? Adotando esse tipo de estilo, podemos fazer algo bonito com caquinhos que seriam jogados fora e contribuir para uma construção mais sustentável”, pontua.
A arquiteta Larissa Villaschi acrescenta que esses fragmentos reaproveitados de cerâmica para compor pisos, paredes e mosaicos são “uma forte tendência nos projetos de interiores e estão mais viva do que nunca. Quando associada ao reuso, o material reciclado é mais econômico e sustentável do que os materiais convencionais”, analisa.
Para garantir a durabilidade e conservação desse revestimento, é importante fazer uma impermeabilização para evitar a absorção de umidade.
Já a limpeza deve ser feita conforme instrução da marca e com produtos adequados, evitando o uso de materiais abrasivos que possam danificar o produto.
Na biblioteca, o porcelanato Ártico Alpe, da marca Eliane, deu um ar despojado e sofisticado ao ambiente.
No living com varanda e no lavabo, foram utilizados o porcelanato Arenária Bege da marca Eliane, explorando várias possiblidades na parede e piso.
O Espaço Bossa, projeto assinado pelo Studio Bloco, busca resgatar características presentes na casa brasileira, como o forro em madeira e o piso de caquinhos cerâmicos da Eliane Revestimentos, em uma releitura contemporânea de cada elemento.
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