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Como instalar o próprio ponto de recarga de carro elétrico no seu condomínio

Como instalar o próprio ponto de recarga de carro elétrico no seu condomínio

Para ligar o sistema de abastecimento, o morador deve conhecer qual é a capacidade elétrica do local e avaliar a melhor solução

Publicado em 10 de janeiro de 2023 às 15:20

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Range Rover Velar chega com opção de motorização híbrida plug-in
A recarga completa da bateria, em corrente alternada, se dá em até três horas. (Jaguar Land Rover/Divulgação)

Muitas pessoas mantêm o sonho de ter um carro elétrico, mas não têm ideia de como vai recarregar o veículo nem se vão encontrar um lugar para abastecê-lo na sua cidade. O caminho, muitas vezes, é investir na instalação de um sistema de abastecimento na própria residência. Para quem mora em casa, não há motivo para se preocupar; já quem convive em condomínio, essa decisão não depende apenas da vontade do morador.

Embora a conta da energia usada para recarregar o veículo seja responsabilidade do condômino,  “o proprietário do carro elétrico deve apresentar um projeto elétrico assinado por um engenheiro", como explica o presidente do Sindicato Patronal dos Condomínios (Sipces), Gedaias Freire. "Esse profissional vai fazer a obra, puxando uma fiação do ponto de entrega do relógio até a vaga de garagem. A conta de energia, portanto, é contada no medidor dele. Portanto, é o condômino quem paga por esse custo."

O vice-presidente da Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), Rodrigo de Almeida, analisa também outros cenários: “Se a vaga é escriturada e fixa, é relativamente simples instalar seu próprio carregador. No entanto, se a vaga for rotativa, é aconselhável partir para uma solução compartilhada, ainda que, em primeiro momento, seja utilizada apenas por um condômino”, complementa 

Por mais que o abastecimento de carros elétricos seja um procedimento seguro, é importante saber se o prédio suporta a demanda de energia do carregador não apenas do seu ponto, mas também do consumo de outros condôminos. “Se for o primeiro carregador do prédio, não deve haver problema. Mas, como o número de veículos elétricos só cresce no Brasil, em pouco tempo, a disponibilidade da rede elétrica do prédio poderá ser saturada”, aponta Rodrigo.

Depois, é interessante saber se é possível conectar o carregador ao próprio medidor de energia da unidade. Caso não seja possível, é preciso negociar com o síndico o ressarcimento da energia consumida, instalando um medidor com o carregador veicular.

Aspas de citação

O passo a passo é: o interessado faz uma solicitação ao síndico, pedindo autorização para instalar um ponto de carregamento na vaga de garagem dele. Em seguida, ele deve apresentar um projeto assinado por um engenheiro elétrico, e a administração do condomínio vai apreciar o tema em assembleia, quando, geralmente, não tem impedimento. Por último, é contratada uma empresa especializada para fazer essa obra.

Gedaias Freire
Presidente do Sipces
Aspas de citação

Por não existir uma norma legal que imponha ao condomínio a instalação de carregador para carro elétrico e por, de forma geral, os carregadores não serem baratos, esses pontos de recarga nas garagens dos condomínios, normalmente, fazem parte de uma rede elétrica do mesmo medidor de energia.

“Rachando” o carregador

Por outro lado, se a dúvida for fazer um sistema individual ou coletivo, saiba que o mais recomendável é instalar carregadores de uso compartilhado, permitindo que um ou vários usem um mesmo ponto. Isso se dá por três motivos principais, como avalia Rodrigo: “Pela possibilidade de crescimento da frota de veículos elétricos no condomínio, para o caso de vagas rotativas e pela valorização do imóvel”.

Em prédios mais antigos, talvez seja o ideal instalar sistemas de abastecimento compartilhados. “É importante avaliar a disponibilidade de rede elétrica no local e, desde o início, optar por uma ou várias estações de recarga compartilhada para evitar sobrecarga”, analisa ainda. 

Atualmente, existem empresas especializadas em carregadores para uso coletivo em condomínios e que individualizam a cobrança por usuário. Se for o caso de uso de energia do local, os moradores ressarcem mensalmente o condomínio. “A vantagem dessas soluções é que os pontos costumam ser gerenciados e adequam a potência à disponibilidade de rede do local de maneira dinâmica”, pontua o vice-presidente da Abravei.

Rodrigo, que mora em Brasília, fala por experiência própria. Atualmente, ele reside em condomínio e, assim como sua esposa, tem um carro elétrico. Atualmente, é o terceiro VE que ele adquiriu desde 2016. “No meu caso, é uma estação individual, e o meu carregador está ligado ao meu medidor de energia”, descreve.

O prédio do Rodrigo é novo e já tinha uma infraestrutura de eletrocalha e ligação direta ao relógio disponível para cada apartamento
O prédio de Rodrigo é novo e já tinha uma infraestrutura de eletrocalha e ligação direta ao relógio disponível para cada apartamento. (Arquivo pessoal)

Já Leonardo Bassoni, um dos associados mais antigos e cofundador da Abravei, mora em um condomínio de casas em Vitória e afirma que não teve nenhum embaraço com a administração. O local funciona como um prédio horizontal com uma garagem na frente de cada moradia. "Eu coloquei uma tomada steck, aquela azul, ligada direto no disjuntor na caixa de energia da minha casa. Mas é claro que eu chamei um eletricista”, explica.

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