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Corretor de imóveis: nova profissão de Marcello Antony é opção para quem busca mudar de carreira

Corretor de imóveis: nova profissão de Marcello Antony é opção para quem busca mudar de carreira

Entenda o que faz um corretor de imóveis e por que a profissão tem atraído brasileiros que buscam uma mudança na vida profissional

Publicado em 19 de junho de 2024 às 16:51- Atualizado há 6 meses

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Nova profissão de Marcello Anthony cresceu no Brasil nos últimos anos.
Nova profissão de Marcello Anthony cresceu no Brasil nos últimos anos. (Montagem: Estúdio Criação)
Gabriel Mazim
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O ator Marcello Antony anunciou recentemente que está trabalhando como corretor de imóveis de luxo na Europa, onde disse estar ganhando mais dinheiro do que em sua carreira de ator. No Brasil, a nova profissão de Marcello tem atraído muitas pessoas nos últimos anos, acompanhando o crescimento recente do mercado imobiliário.

Segundo dados do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci ), o número de corretores registrados no Brasil aumentou 44% de 2018 a 2023. No Espírito Santo, foram mais de mil novas inscrições apenas em 2023 (Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 13ª Região/ES). Um dos motivos está em ser uma profissão que atrai tanto as novas gerações como também profissionais mais experientes que buscam uma mudança na carreira.

Profissão atrai quem busca novos ares

Um dos pontos que mais chamam a atenção no caso de Marcello Antony foi o fato do ator ter decidido por essa mudança, mesmo com uma carreira de sucesso na televisão, fazendo com que muitos questionassem o que poderia motivar uma troca de profissão.

Além dos valores milionários, ele afirmou em entrevista para a revista Oeste que foi movido pela possibilidade de um novo desafio, uma característica que ele também encontrava na profissão anterior. “É como se eu estivesse estreando uma nova novela”, disse.

Assim como Marcello, muitos profissionais que buscam uma mudança na carreira têm sido atraídos pelo mercado imobiliário. Ana Julia Chan, de 27 anos, é formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Espírito Santo e decidiu migrar para a corretagem recentemente. Atuando como corretora há menos de um mês, ela conta que estava insatisfeita com o mercado da sua primeira área de formação e decidiu buscar novos ares.

"Eu estava pensando em mudar porque eu não estava feliz [com o mercado]. Então eu comecei a analisar o que poderia fazer, mas que não exigisse outra graduação", explica. Chan acrescenta que é casada e tem planos para o futuro que poderiam ser afetados por um processo de formação longo, como uma nova graduação.

A profissional,  que nos últimos anos vinha atuando com conteúdo em meios digitais, acredita que algumas habilidades desenvolvidas na sua primeira formação a ajudam nas novas atividades.

"O jornalismo e a comunicação social em si me deixam muito à frente de quem está começando e até de quem já está no mercado há muito tempo. Hoje o mundo é muito digital e a gente lida muito com redes sociais, então eu me sinto mais preparada para conseguir lidar com as pessoas e produzir conteúdo", comenta.

Outro fator que atrai novos corretores é o número de oportunidades que a área oferece, com segmentos diversos em que o profissional pode se especializar, como explica Aurélio Cápua Dallapicula, presidente do Creci-ES.

"Hoje o corretor de imóveis tem uma amplitude de atuação grande dentro do mercado imobiliário. Existem vários nichos de especialização, como por exemplo, a avaliação imobiliária, locações e administração de imóveis, compra e venda, imóveis de luxo, e por aí vai. Então, a profissão é bem maior do que as pessoas podem imaginar", comenta.

Formação e funções de um corretor de imóveis

Atualmente, a exigência de escolaridade para exercer a função de corretor de imóveis no Brasil é a realização de um curso técnico, além do ensino médio completo. No entanto, Aurélio explica que existem muitos corretores com ensino superior completo e profissionais formados em outras áreas que migram para a corretagem.

“Nós temos a maioria dos profissionais com nível superior, embora não seja exatamente na área de gestão imobiliária ou na área de Ciências Imobiliárias. Nós temos médicos, advogados e várias pessoas de outras atividades”, cita.

Além do curso de Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) – mínimo exigido para a prática da profissão –, também existem cursos de graduação e pós-graduação em Ciências Imobiliárias e Negócios Imobiliários.

O presidente do Creci-ES também destaca algumas habilidades que o corretor de imóveis deve desenvolver para exercer a profissão, como um bom poder de persuasão, conhecimento do mercado e adaptabilidade para saber utilizar as novas tecnologias a seu favor.

As funções dos corretores no dia a dia variam, abarcando desde a administração e avaliação dos imóveis até a intermediação entre o cliente e o vendedor. Sobre esse último aspecto, Aurélio acredita que existe uma ideia errada que muitas pessoas costumam ter sobre a atuação dos profissionais da área.

“Ao contrário do que possa parecer, o corretor não vende imóveis, a não ser que seja de propriedade dele. O corretor de imóveis, pela legislação, é um intermediador. O que ele faz é aproximar as partes interessadas num negócio”, explica.

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