Com uma variação de 0,67% nos últimos seis meses, o custo unitário básico da construção civil (CUB) tem permitido que os preços durante a obra permaneçam estáveis. Com isso, a possibilidade de investir em um imóvel na planta ou em construção fica mais vantajosa para quem vai comprar direto com a construtora, pois permite prestações com uma variação menor de preços.
Atualmente, segundo levantamento realizado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Espírito Santo (Sinduscon-ES), o custo médio do metro quadrado para construir um imóvel está em R$ 2.349,48, uma variação de 0,28% em comparação ao mês anterior.
“Estamos vivendo um momento de estabilidade e de normalização dos custos. Vimos, no ano passado, esse índice chegar à casa dos dois dígitos e, nos últimos meses, o índice chegou a praticamente zero. Para quem vai comprar um imóvel na planta, isso ajuda muito nas prestações durante a obra, uma vez que são corrigidas pelo CUB mensalmente”, avalia o diretor executivo da MGV Engenharia, Manoel Ferreira Neto.
Ainda de acordo com ele, isso significa uma previsão maior das prestações durante a obra e saber se as parcelas irão caber no bolso, ao fazer o planejamento, além da garantia de comprar um imóvel que irá se valorizar com o tempo. “Em Vitória, por exemplo, que tem os terrenos cada vez mais escassos, ao adquirir um imóvel na planta, você garante a valorização do mesmo, já que quando terminar a obra, o valor do metro quadrado estará bem mais alto”, acrescenta.
A valorização é um dos pontos interessantes para quem vai comprar um imóvel na planta, segundo o presidente eleito do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 13ª Região (Creci-ES), Aurélio Capua Dallapicula.
“Um imóvel na planta em bom local sempre tende a ter boa valorização, principalmente no estilo ‘condomínio fechado’. As construções novas têm a vantagem de terem custos menores que compensarão a venda futura, com boa rentabilidade e retorno do investimento, ainda com a segurança de ter o bem”, afirma.
Por outro lado, o presidente do Creci-ES afirma que a tendência, mesmo com o índice menores de valorização do CUB, haja a recuperação do índice. No entanto, isso não reduz os ganhos para o proprietário, já que, segundo ele afirma, a tendência do imóvel é se valorizar.
“Como todo investimento, quando aplicamos na baixa e no lugar certo, a tendência de ganho será significativamente superior. Portanto, se a pessoa tiver condições, é interessante optar pela aquisição de imóveis em construção de boa qualidade e ótima localização”, aconselha.
Entre as vantagens de comprar um imóvel na planta estão também o preço e melhores condições de pagamento quando a incorporação acontece na modalidade de obra a preço de custo, afirma a advogada atuante em Direito Imobiliário Martina Varejão Gomes.
“São duas vantagens muito atrativas aos adquirentes de imóvel na planta. Outras conveniências interessantes são a possibilidade de personalização do bem, que algumas construtoras oferecem, além da valorização do imóvel com o tempo de obra, conforme a localização”, acrescenta.
Mas é importante se atentar à taxa de reajuste das prestações durante a obra, conhecida também como taxa de construção ou de administração. Segundo a advogada, ao comprar e parcelar um imóvel na planta, o contratante deve estar alerta ao índice de atualização das parcelas, o CUB, somado à taxa de juros praticada pela incorporadora.
“Nesse caso, o comprador deve estar ciente da taxa praticada pela construtora durante toda a obra, que irá ser cobrada, geralmente, mês a mês junto com o custo da obra repassado e rateado conforme a fração ideal dos adquirentes”, diz.
O custo unitário básico da construção civil (CUB) é o índice que reflete o custo médio por metro quadrado de uma construção. Ele é calculado com base nos valores de mão de obra, materiais, equipamentos e outros custos necessários para a construção de um imóvel. Esse índice é atualizado periodicamente, levando em consideração a inflação e outras variações do mercado.
Ele é usado como referência para o cálculo do valor de um imóvel em cosntrução, somado a outros fatores como localização, tamanho e acabamentos. Ele também é utilizado para fins de financiamento imobiliário, uma vez que bancos e instituições financeiras utilizam o valor do CUB para calcular o valor máximo que podem emprestar para a construção de um imóvel.
O índice influencia diretamente no preço final de um imóvel novo ou em obras. Se o custo de construção aumenta, o valor do CUB também aumenta e, consequentemente, o preço dos imóveis novos também sobe. Isso pode acontecer por motivos como aumento do valor dos materiais de construção, inflação, mudanças na legislação.
Fonte: Sinduscon-ES e entrevistados.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta