Linhares é uma cidade com economia pulsante, polo de atração de investimentos tanto pela chegada de novas empresas quanto pela evolução do mercado imobiliário. Desde 1998, o município integra a área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), programa que busca promover o desenvolvimento da sua área de atuação e integrar competitivamente a base produtiva regional nos cenários nacional e internacional.
Atualmente, encontra-se em um ciclo de desenvolvimento, atraindo negócios não apenas locais como multinacionais, que buscam se beneficiar das políticas de incentivos, serviços e logística do município.
“Um exemplo foi a chegada da Marcopolo, que apesar de estar em São Mateus, atrai toda uma cadeia de serviço de fornecedores de insumos e mão de obra que também acabam se instalando em Linhares. Há uma troca dinâmica econômica com esses grandes empreendimentos que vão para o Norte do Estado atraídos por benefícios como a Sudene ou o Compete-ES, do governo do Estado”, avalia o diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira.
Outro atrativo é a BR-101 que corta o município, facilitando o escoamento de mercadorias, complementado com a conclusão das obras do Aeroporto Regional de Linhares. “Isso tem colocado o município como protagonista no desenvolvimento do Estado, atraindo negócios e também deslocamento de pessoas para busca de serviços especializados nas áreas da saúde e da educação, entre outros”, observa Lira.
A cidade terminou o ano de 2021, segundo dados do IJSN, com mais de R$ 8 bilhões de Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no município, e tem uma renda per capita de R$ 5.784,03.
Segundo o diretor-presidente do IJSN, o Espírito Santo tem mais de R$ 65 bilhões de investimentos públicos e privados para acontecerem até 2027 em todos os municípios, sendo que Linhares figura como um dos destaques.
“É o oitavo município que atrai mais investimentos no Estado. Até 2027, estão previstos para acontecer cerca de R$ 3 bilhões de investimentos públicos e privados, que vão desde a instalação e expansão de novas indústrias quanto o próprio setor de atividade imobiliária”, adianta.
De acordo com Lira, 47,7% desse valor serão voltados para a indústria de transformação, como a construção de uma fábrica de café solúvel, destinada à exportação, e a implantação de uma fábrica de eletrodomésticos e eletroportáteis.
Na construção, ele aponta a expansão imobiliária, com novos condomínios residenciais, e também grandes obras de urbanização por parte do governo do Estado, como a reabilitação das rodovias ES-440, ES-429 e ES-356; a duplicação da BR-101; e intervenções urbanas com as obra de microdrenagem e macrodrenagem no bairro Shell.
“Cada empreendimento desses tem um efeito multiplicador na economia. Vai demandar novos serviços, contratação de novos empregos e mão de obra local mais qualificada. O agronegócio deve se expandir nos próximos anos, gerando demanda também nessa área”, acrescenta.
Tudo isso faz com que a cidade se torne altamente atraente para novos investimentos e também para o mercado imobiliário, segundo avalia o diretor regional da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES) e Sindicato das Empresas de Administração, Comercialização e Atividades Imobiliárias (Secovi-ES), Ramiro Helmer.
Atualmente, os mercados de maior potencial são os imóveis de locação comercial na região central, galpões nos polos logísticos e industriais e empreendimentos residenciais, principalmente voltados para locação.
“A alta do custo de construção nos últimos anos e uma procura demasiada por tipos de imóveis em localizações específicas fez o valor geral dos imóveis subir para um patamar maior do que o crescimento normal do mercado”, explica.
Uma das principais áreas, hoje, de crescimento de lançamentos imobiliários, segundo Helmer, é o Centro, que deve concentrar uma maior verticalização, principalmente por ser uma região próxima a todo o tipo de serviços. Há ainda os loteamentos, que se concentraram na região próxima à Lagoa Juparanã em um primeiro momento, mas que devem se expandir para o sentido norte da cidade, em direção a São Mateus.
“Outra região que irá atrair novos empreendimentos é a de Três Barras, por conta da proximidade com o aeroporto, onde devem se concentrar imóveis de médio e alto padrão. Mas o Centro, atualmente, é o que tem o maior potencial imediato de atração de novos empreendimentos”, pontua.
Inicialmente, no trecho em que se fala sobre as obras de macro e microdrenagem, informamos o nome do bairro como Céu, mas o nome correto é Shell. A informação já foi corrigida no texto.
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