DE SÃO PAULO
Localização e mais espaço dentro de casa estão entre os principais requisitos de quem está em busca de comprar imóvel, assim como morar em um condomínio que tenha uma boa área de lazer e traga facilidades para seus moradores, como espaço pet e local para entregas. Esses foram alguns dos interesses mais relevantes apontados pelos participantes da pesquisa “Tendências de Moradia”, realizada pelo DataZAP+.
Divulgada durante o Conecta Imobi, maior evento do setor na América Latina, realizado em São Paulo, a pesquisa confirmou algumas das tendências trazidas durante o evento, que reuniu empresas e especialistas do setor imobiliário, como o crescimento do home office, a criação de novos produtos que captem o momento que as pessoas vivem, além do foco cada vez maior em tecnologia.
Em entrevista ao Hub Imobi durante o evento, o vice-presidente e economista-chefe do DataZAP+, Danilo Igliori, destacou que a pesquisa foi uma forma de olhar para o atual mercado e entender o que compradores de imóveis querem e de que forma buscam isso. “Quais são as tendências e os principais interesses das pessoas, o que elas querem nas várias dimensões do mercado”, avalia.
Para 48% dos entrevistados, é importante que o imóvel esteja próximo de vias de acesso e avenidas e outros 29% consideram essencial a proximidade com parques e áreas verdes. Por outro lado, supermercados e padarias nunca estiveram tão valorizados, já que 80% destacam a importância de morar próximo a esses serviços e 46% preferem morar em bairros planejados.
“Esse foi um reflexo da pandemia e do home office. Os serviços em volta, como padarias e supermercados nunca estiveram tão valorizados, já que esse cenário jogou o delivery e o comércio eletrônico lá para cima na gama de interesses dos moradores”, acrescenta Igliori.
O tamanho dos imóveis também foi algo considerado na pesquisa e a maioria deseja morar em espaços com tamanhos acima de 70m², sendo que 20% dos respondentes buscam áreas de 90 a 119 m². A maioria do público ainda tem buscado imóveis com três dormitórios (43%), sendo que 62% tem interesse em ter pelo menos uma suíte. Vaga na garagem também segue sendo um item bastante desejado, por nove em cada dez compradores. Deste total, 42% busca uma vaga e 38%, duas.
Sacada ou varanda se tornou um item desejo apresentado por 52% dos entrevistados, seguido de quintal (49%). Locais arejados e com iluminação natural também fazem parte da lista (41%), bem como ambiente de escritório (36%).
Quando avaliados os critérios relacionados à localização do imóvel, a proximidade de vias de acesso e avenidas é o principal aspecto (48%) considerado. “A questão da mobilidade foi, e continua sendo, um diferencial importante no mercado imobiliário, não importa se a moradia é em uma capital ou em cidades menores. A facilidade de acesso representa qualidade de vida”, comenta Igliori.
Outro requisito que teve bastante destaque na pesquisa foi a área de lazer dos imóveis, com destaque para churrasqueira (49%), piscina externa (41%), academia ou sala de ginástica (38%) e salão de festas (37%).
Já no que o levantamento sugeriu como itens menos convencionais para as áreas comuns dos condomínios, os potenciais compradores deram atenção para mensageria e área de entregas (39%), espaço pet ou pet care (36%), minimercado ou loja de conveniência dentro do condomínio (33%) e depósito ou hobby box (30%).
“A pesquisa foi uma forma de olhar o que havia antes da pandemia, qual o seu impacto e o que pode vir pela frente. Algumas tendências, por exemplo, foram aceleradas, como o aumento de componentes tecnológicos nos edifícios - segurança, automação e itens que contribuam para a preservação do meio ambiente. Aliás, o pós pandemia trouxe um holofote às questões ambientais, realçando uma preocupação que já existia”, explica.
Isso se reflete nos dados da pesquisa, já que 70% dos entrevistados consideram relevante morar em imóveis que tenham reservatório de água da chuva e outros 67% dão importância para construções que valorizem ou tenham algum tipo de bioarquitetura. Já 65% veem como importante que o imóvel tenha sistemas de reaproveitamento de água e 63% valorizam a existência de energia renovável limpa.
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